Em 2020, a Prefeitura investiu R$ 2.721.440,23 para a manutenção do serviço, com uma receita de R$ 336.355,80.  Neste ano, até outubro, a oferta das linhas rodando demandou investimentos de R$ 3.112.106,10, com um retorno de R$ 435.978,10.  

“É um serviço que precisa sim ser mantido e esperamos que, cada vez mais, que mais pessoas passem a utilizar este modal de transporte mais seguro, mais econômico e ambientalmente mais viável”, destacou o prefeito, que aproveitou a oportunidade para  anunciar a criação uma comissão para ampliar este debate. “Atualmente, não há nem como licitar uma nova concessão porque não seria viável financeiramente para as empresas”, acrescentou.

O grupo de trabalho composto pelos secretários Cláudio Oliveira (Desenvolvimento Econômico), José Carlos Moura (Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil), e Lúcia Drechsler (Educação e Cultura, por representantes da Associação Comercial e Empresarial (ACES) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), deve esmiuçar o estudo sobre o transporte coletivo que já foi elaborado para Sorriso  e buscar formas de popularizar o uso deste transporte.

Assim como a Secretaria de Assistência Social já conseguiu incluir o coletivo na rotina de idosos que frequentam as atividades no Centro de Convivência da Pessoa Idosa, a ideia é que, cada vez mais, o uso ampliado do serviço por pagantes (já que os idosos são isentos da passagem) possa contribuir para um equilíbrio da balança receita x despesa.

“A meta proposta feita pela empresa que elaborou o estudo sobre o transporte coletivo é de utilização de até 100 mil passes/mês e o planejamento prevê até 18 linhas”, aponta o secretário de Administração do Município, Estevam Calvo. Atualmente, sete linhas estão disponíveis, com uma inclusive para o Distrito de Primavera.

O prefeito lembra ainda que novos pontos de ônibus devem ser licitados em breve e que a divulgação do serviço deve ser estendida, questão levantada por empresários presentes à reunião. Jeferson Silveira, representante da CDL, destacou que ainda há estigma com relação à utilização do transporte coletivo, mas que é indispensável massificar o transporte para liberar vagas de estacionamento para clientes, visto que, muitas vezes, os próprios trabalhadores do comércio acabam utilizando as vagas.

Também simpáticos à ideia, os representantes de um frigorífico que atualmente contrata o serviço de transporte para os colaboradores, tiveram interesse em aderir à proposta. Para Joyce Delgado e Pedro Ivo Vaz Netto, mesmo com um número de 900 colaboradores e com turnos que podem começar ou terminar na madrugada, há a intenção de incentivar as duas modalidades: mantendo o contratado para as equipes da noite/ madrugada e incentivando o uso do coletivo para as equipes de setores que atuam em horários convencionais, como os de logística e administrativo, por exemplo.