Com o período de estiagem uma outra coadjuvante, bem conhecida dos sorrisenses, entra em cena, trata-se da fumaça oriunda de queimadas urbanas e rurais. E para combater e evitar focos de incêndio, o Comitê Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Urbanos esteve reunido nesta manhã e dividiu as equipes de trabalho. Conforme o presidente do Comitê, o secretário Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Lincoln, as equipes da Prefeitura irão atuar com a disposição de maquinários e de insumo humano no combate e prevenção.

“Outras instituições como o Sindicato Rural, o CAT, a Aprosoja, o Corpo de Bombeiros Militar (BM), a Polícia Militar (PM), a Polícia Judiciária Civil (PJC), associações empresariais e concessionárias de rodovias estão diretamente ligadas e atuando no Comitê”, pontua Marcelo. O encontro de hoje (1º) para a divisão de equipes contou com a participação do Executivo, Corpo de Bombeiros e Sindicato Rural.

O prefeito Ari Lafin salienta que uma das atuações do Comitê, além do enfrentamento direto à incêndios, é sensibilizar toda a comunidade da importância de agir de maneira articulada e evitar queimadas. “Além das doenças respiratórias comuns em período de queimadas, precisamos lembrar que estamos enfrentando uma pandemia cuja enfermidade agrava ainda mais as condições respiratórias”, frisa o prefeito.

Ari destaca que o Executivo e as instituições estão organizadas, mas “precisamos do apoio de toda a população para evitar queimadas; caso alguém se depare com alguma situação assim deve denunciar à Polícia Civil, NIF e Corpo de Bombeiros”, ressalta.

A multa mínima vigente para queimadas urbanas é R$ 5 mil. Já para áreas rurais é de R$ 1 mil por hectare. De janeiro até o momento o Núcleo Integrado de Fiscalizações (NIF) aplicou uma multa no setor de chácaras no valor de R$ 1 mil e há ainda mais cinco multas, estas todas no perímetro urbano, em tramitação. O alerta serve também para quem tem terrenos com vegetação alta. O recomendado é realizar roçadas constantes para evitar multas.

“Nosso Município se organizou e buscou apoio de várias instituições, estamos organizados para evitar, prevenir e combater, caso necessário”, diz Ari. O prefeito lembra ainda que a preservação da floresta é indispensável para o agronegócio, e que esse só é rentável quando alicerçado nos princípios da sustentabilidade. “Quer dizer, qualquer Município só é viável se cuidar de todos os seus aspectos: ambientais, humanos e sociais”, acrescenta.

O presidente do Comitê, Marcelo Lincoln acrescenta que Sorriso, localizada no “coração do Mato Grosso é a cidade brasileira com a maior produção agrícola”. Nos 600 mil hectares de área produtiva de Sorriso, destacam-se commodities como soja, milho e algodão, com estimativa de produção – em toneladas – para a safra 20/21, de 2,1 milhões, 3,5 milhões e 167 mil, respectivamente, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e “preservar o meio ambiente é fundamental para dar continuidade a esse trabalho”, destaca.

Sorriso é a sede da primeira Base Aérea de Combate a Incêndios Florestais da Amazônia, localizada no Aeroporto Regional Adolino Bedin. A base é o ponto de partida das aeronaves que poderão auxiliar no controle e combate a incêndios em toda a região norte do Mato Grosso.

Lincoln destaca que ainda no mês de junho o secretário adjunto de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, coronel Olivaldi Azevedo e o secretário do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Pereira leite, devem visitar Sorriso para conhecer o funcionamento do Comitê e debater ações protetivas contra as queimadas.