Para o secretário de Saúde, Luís Fábio Marchioro, os dados deixam claro a eficácia da vacinação. “Há praticamente um ano (24 de janeiro de 2021) iniciamos as imunizações e o resultado é visível na queda de internados”, diz. “Em 2020 e 2021 vivemos períodos de desespero, pois não sabíamos como agir diante do vírus. Hoje, estamos mais preparados e com uma ferramenta (vacina) que demonstrou sua eficácia”, pontua.

Luís Fábio frisa que no fim de 2021, na véspera de Natal (24 de dezembro), o Município comemorou o fato de não haver ninguém internado e contar com apenas dez casos ativos. “Hoje, menos de um mês depois temos um crescimento superior a 500% no número de ativos. Está claro que com a vacinação os sintomas estão mais fracos, diminuiu a necessidade de internações; mas, também precisa ficar claro que o vírus não foi embora, continua em circulação e com mutações rápidas, surgindo novas variantes principalmente em países cujo índice de imunizações é baixo”, salienta.

O secretário-adjunto de Saúde, Devanil Barbosa, reforça a diferença de atendimentos de um ano para outro. Nos primeiros 18 dias de janeiro de 2021, o Hospital Municipal de Campanha registrou 3.735 atendimentos; no mesmo período nesse ano foram 2.289. Já na UPA Sara Akemi Ichicava ocorreu o inverso: em 2021 foram 4.220 consultas médicas e o início de 2022 já somou 8.192 atendimentos.

“É possível ver que o atendimento da UPA está retornando ao normal nesse ano; tivemos uma alta procura devido a um surto de influenza. Contudo, também ainda há uma alta procura no HMC com 119 novos casos ativos registrado somente ontem (18) e 92 nas últimas 24 horas, o que, nos motiva a recomendar que a população continue com as medidas não farmacológicas já bem conhecidas como o uso da máscara; do álcool 70º e que evite aglomerações e o compartilhamento de objetos pessoais”, salienta.

Para o prefeito Ari Lafin o que mais preocupa diante da ascendência de novos registros de covid-19 é a falta de leitos de UTI. “No ano passado forma disponibilizados 70 leitos de UTI para toda a Região Norte e Médio Norte que contempla cerca de 500 mil pessoas; hoje são apenas 20 e recebi a informação de que nesta manhã, de Peixoto de Azevedo a Cuiabá, eram apenas três leitos vagos; então essa situação nos preocupa e vamos atrás de soluções. Ainda hoje vou buscar o apoio do Rodrigo (prefeito de Santa Carmem) para que em nome do Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires possamos discutir esse assunto com o Estado, pois se o número de positivos aumenta regionalmente, também é natural que aumente a necessidade de suporte hospitalar”, cita.

“No fim do ano ampliamos o horário de atendimento do HMC e também do PSF Nova Integração para que o PSF pudesse atuar como um reforço à UPA; aumentamos o número de médicos e, nossa população pode ficar tranquila que havendo necessidade estamos preparados para cuidar de todos”. Contudo, lembra o prefeito não custa mantermos os cuidados básicos; são atos simples que diariamente salvam vidas e que possibilitam que continuemos com comércio em funcionamento, produzindo nas lavouras, convivendo socialmente e nos organizando para o retorno escolar”, reforça.

Ari frisa que no momento em Sorriso não há nenhum decreto em andamento em relação à restrições de horário ou de circulação e nem há pretensão de fazer, “toda e qualquer atitude nesse sentido é sempre discutida com o nosso Comitê”, finaliza o prefeito.