Setembro amarelo é o mês da prevenção ao suicídio.
Oriundo de questões relacionadas à saúde mental, o suicídio é resultado de um agravamento de doenças como depressão e ansiedade, que, se agravadas, podem levar a tentativas de suicídio.
Em todo mundo, cerca de 700 mil pessoas cometem suicídio por ano. Realizar uma campanha de prevenção para evitar que esses números subam é uma preocupação da sociedade. Por conta disso, o setembro amarelo se mostrou uma alternativa de acolhimento e prevenção.
Ao longo do mês, escolas e Cemeis se tornaram espaços de diálogo e cuidado com a saúde mental. Integradas à campanha Setembro Amarelo, as instituições de ensino desenvolveram uma programação intensa e diversificada, reforçando a importância da prevenção ao suicídio e da valorização da vida.
A mobilização é resultado de uma parceria estratégica entre as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação, que uniram esforços para transformar o ambiente escolar em um espaço seguro de apoio, informação e cuidado coletivo. A proposta vai além das salas de aula, envolvendo estudantes, professores, famílias e a comunidade em geral.
Na Escola Municipal Valter Leite, os professores foram surpreendidos com mensagens de incentivo deixadas pelos próprios alunos, um lembrete poderoso de como pequenas atitudes podem fortalecer o bem-estar de todos. No Cemeis Flor do Amanhã, as atividades foram voltadas para a reflexão sobre o valor da vida, incentivando um olhar mais atento às emoções desde a primeira infância.
Palestras e rodas de conversa conduzidas pela psicóloga Elizabete Lopes, também fizeram parte da programação. Com o tema “Cuidados com o coração e a mente”, a profissional visitou a Escola Papa, criando um ambiente acolhedor para orientar os participantes sobre saúde emocional, bem-estar e a importância do autocuidado. Para garantir a participação das famílias, as escolas realizaram os encontros em horários especiais.
Coordenadora de projetos da Educação, Adaiane Banfi, frisa que o Setembro Amarelo nos lembra que a vida precisa ser sempre valorizada. Essas ações nas escolas são fundamentais e cumprem um papel social indispensável para despertar o cuidado, a empatia e a escuta, especialmente entre os jovens.
“Quando educação e saúde caminham juntas, conseguimos criar espaços de acolhimento. É uma forma de mostrar às crianças, aos adolescentes e às famílias que ninguém está sozinho e que pedir ajuda é um gesto de coragem”.
Para o secretário municipal de Saúde, Vanio Jordani, a iniciativa demonstra que, com a união de diferentes setores, é possível fortalecer os laços comunitários e amplificar a mensagem principal da campanha.
“Mais do que um conjunto de atividades pontuais, a campanha Setembro Amarelo está consolidando as escolas como espaços de pertencimento e apoio, onde cuidar da saúde emocional é parte essencial da formação de uma sociedade mais humana e solidária”, destacou.
Alunos da educação infantil ao ensino fundamental participaram de atividades que estimularam a reflexão sobre sentimentos, emoções e relações de amizade. Ao abrir espaço para conversas, gestos simbólicos e ações coletivas, a campanha mostrou que a escola pode ser um ambiente privilegiado para fortalecer vínculos, despertar a empatia e cultivar o cuidado com a vida.
Entre os destaques estiveram o “Dia do Abraço Amarelo: Celebrando Emoções e Amizades”, marcado por gestos de carinho e incentivo entre colegas e professores, e o “Dia D pela Vida”, que reuniu apresentações especiais realizadas dentro das escolas.
Houve ainda contação de histórias entre as turmas, reforçando o valor da vida e incentivando o respeito ao próximo. Nessas ocasiões, os alunos participaram da confecção de painéis das emoções e de painéis orientativos coletivos, construídos como espaço de expressão dos sentimentos.
No projeto “Momento de Paz”, crianças e adolescentes participaram de rodas de conversa, onde puderam falar sobre suas experiências e, em seguida, criaram um painel coletivo com mensagens de esperança e solidariedade.
As escolas também realizaram o “Dia do Amarelo”, com a dinâmica “Corrente do Bem” e rodas de conversa nos turnos matutino e vespertino. A proposta foi mostrar como pequenas atitudes positivas podem se multiplicar e transformar ambientes.
As palestras foram outro ponto alto da programação. Com temas como “Acolhimento e valorização da vida: Fortalecendo Sonhos” e “Prevenção ao Suicídio”, psicólogos e educadores promoveram momentos de escuta ativa e orientação sobre saúde emocional, reforçando a importância do autocuidado e do apoio mútuo.
Após as conversas, os alunos também escreveram bilhetes de incentivo e afeto, que foram compartilhados entre colegas, criando uma rede de apoio dentro da escola, além do plantio coletivo “Semeando a Vida”, atividade simbólica que representou o crescimento, a esperança e o compromisso com o futuro.
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