Além dos PMs que atuam em Boa Esperança, do comandante do 12.º Batalhão da PM, tenente-coronel Jorge Almeida; do diretor de Polícia Penal Enilson Castro, responsável pelo Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS); e da juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, a reunião para o  “quebra essa parede aqui e troca essa porta ali” também foi acompanhada pelo sub-prefeito do Distrito, Volmar Lohman,  e demais envolvidos no processo.

Para garantir que o novo local de trabalho, e também de alojamento, para os policiais, permita mais conforto na rotina de trabalho e também nos momentos de descanso, o NPM vai ser totalmente repaginado. Do atual destacamento, explica o arquiteto, somente as paredes serão mantidas. “Vamos trocar piso, forro, telhado e todas as aberturas”, adianta Fábio, acrescentando que a parte elétrica também será substituída e a hidráulica igualmente revisada.

Mais que uma cara nova para o que já existe, a reforma, que vai utilizar mão-de-obra de reeducandos, também vai permitir a continuidade das obras do alojamento. “No local há algumas paredes erguidas e vamos finalizar o resto”, explica Geller. A Prefeitura, além da consultoria técnica, também vai contribuir com os materiais para a viabilização da empreitada. O orçamento inicial está na casa dos R$ 400 mil.

“É uma obra esperada há muitos anos e certamente dará ainda mais motivação à nossa tropa, que terá um local de trabalho à altura do trabalho que desenvolvem, o que certamente contribuirá para a melhoria contínua do serviço prestado à comunidade”, destaca Jorge Almeida.

“É muito gratificante perceber o quanto o trabalho articulado entre as esferas de poder:  Executivo, Legislativo, Judiciário, e aí também incluo  Ministério Público e a sociedade organizada, podem fazer a diferença na efetivação de ações diretas em prol da comunidade, e o Mão Amiga é um exemplo claro disso”, pontua o titular da Semsep, José Carlos Moura, contextualizando que a iniciativa tem permitido que apenados do CRS possam trabalhar em troca de redução da pena.

“A sociedade ganha com obras de reformas, ações de paisagismo, reforço de limpeza pública e o reeducando tem a chance de aprender uma profissão, ter o abatimento de três dias de prisão a cada dia de trabalho, e nestes momentos, ter de volta a sensação de vida normal, com um trabalho produtivo e dentro da legalidade”, complementa.