A zootecnista da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA), Cleide Liz dos Santos, responsável pelo programa de bovinocultura, explica que o Mato Grosso o Comitê Consultivo sobre Brucelose Bovina com o objetivo de tratar e erradicar a doença no Estado. Inicialmente são imunizadas bezerras entre 3 a 8 meses de idade, podendo ser aplicadas doses de reforço.

Cleide frisa que a brucelose gera grandes impactos na produção de leite, pois causa problemas reprodutivos, sendo responsável por 20 a 25% de perdas na produção de leite; podendo também afetar em perdas na produção da carne e na contaminação humana quando da ingestão de leite cru ou no manuseio de animal contaminado sem prevenção.

Já entre os animais a zootecnista explica que a transmissão da brucelose acontece quando o animal sadio entra em contato com um animal infectado. Devido ao hábito dos bovinos de lamber, a transmissão pode ocorrer quando um animal sadio lambe a genital de uma fêmea doente, por exemplo. Uma outra forma de transmissão é pela ingestão de alimentos contaminados com urina ou fezes de animais doentes ou ingestão de restos de placentas.

“As perdas financeiras são altas e a forma mais fácil de combater e controlar essa zoonose é vacinando, por isso essa capacitação para que os próprios produtores possam imunizar seus rebanhos se torna tão importante. Também é essencial para nós, como profissionais já cadastrados, pois todo curso traz atualizações”, diz. 

Cleide reforça que a vacinação é obrigatória em todo o país. “Animais positivos para a brucelose são identificados e eliminados do rebanho”, pontua.

E para quem participou do curso vale lembrar que é necessário procurar o Indea ou um veterinário já capacitado para ser credenciado como vacinador da sua propriedade e demais propriedades. “Recomendamos que façam isso o quanto antes”, completa.

O treinamento foi desenvolvido pela SAMA com os projetos Mais Leite e Mais Carne em parceria com o Sindicato Rural e o Senar.