Um dos entusiastas da ideia, que vai resultar na redução de custos por meio da utilização de energia limpa, o secretário de Fazenda,  Sérgio Kocová Silva, reitera que o mote é fazer com que o processo “se pague” (se autofinancie, falando em contadorês) com a economia de energia elétrica gerada a partir da instalação das usinas. “Nossa intenção é fazer com que o valor economizado com as contas de energia elétrica já pague os custos de instalação das usinas”, afirmou, contextualizado que, atualmente, cerca de R$ 650 mil saem dos cofres municipais para pagar a conta de energia elétrica de todas as unidades que integram a Administração Municipal de Sorriso.

“A expectativa é que em quatro anos e meio depois da implantação, os recursos economizados já paguem o investimento na instalação das estruturas, além, é claro, de referendar Sorriso como exemplo em sustentabilidade por utilizar uma energia 100% limpa e renovável em seus prédios públicos”, estima Sérgio.

Usinas? Como serão?

Basicamente, o estudo está focado na instalação de cinco usinas fotovoltaicas do tipo “carport”, que são aquelas cujas placas solares são fixadas em vigas que permitem a utilização da estrutura como estacionamento.  Onde? O estudo inicial prevê os “estacionamentos sustentáveis” no Paço Municipal, no Centro de Eventos Ari José Riedi, no Aeroporto Regional Adolino Bedin, no Estádio Municipal Egídio José Preima, e Ambulatório Multiprofissional Especializado (AME) Ari Jaeger.

Para facilitar o trabalho, respeitando assim a natureza de atuação das empresas, serão licitadas, separadamente, as estruturas para instalação (pés e vigas-mestras), e as placas solares e demais  composições para captação da luz do sol e sua transformação em energia elétrica.

Também há viabilidade em se licitar por lotes as usinas, permitindo, desta forma, que mais de uma empresa possa sagrar-se vencedora do processo. “ A ação deve trazer eficiência para a Prefeitura, economia aos cofres públicos, utilização de energia limpa, e, sempre dentro da legalidade, permitir que nossas empresas locais possam participar do processo “, reforça Sérgio.

Também participaram do momento de análise junto aos empresários o secretário-adjunto de Fazenda, Miraldo de Souza e o engenheiro eletricista da Prefeitura, Juliano Cintra. Para o empresário Leopoldo Miranda de Souza, o convite para os empresários representa uma valorização para os empresários locais. “Muito importante honrar o comércio local e é muito válido este processo, lembrando que energia solar não é futuro, pois já está integrado ao nosso presente”, destacou, acrescentando que o Brasil tem um potencial energético muito grande e “hoje as indústrias já produzem painéis adequados às condições climáticas de nosso país”.