A criação de uma diretoria voltada exclusivamente ao fomento de ações ligadas ao mini-handebol, sob a tutela do professor Diego Melo de Abreu, deve potencializar a prática da modalidade entre as crianças de 5 a 10 anos. Além de estimular a descoberta de jovens talentos, o mini-handebol desenvolve ainda habilidades físicas, motoras, cognitivas, socioafetivas, educacionais e culturais.

Para tanto, devem ser implantadas chancelarias de mini-handebol em várias cidades brasileiras. Chancelarias? Pois é. A palavra não é das mais conhecidas e até dá uma enrolada na língua, mas, em resumo, são pontos em que o mini-handebol será trabalhado com este público específico. Para tanto, a Confederação proporcionará treinamento específico aos professores de Educação Física e todo o apoio técnico necessário para a prática, e ao mesmo tempo, a credibilidade conferida pelo aval da Confederação permite a viabilidade de articulação de patrocínios, por exemplo.

Em Sorriso, onde o handebol tem tradição, já estão definidas cinco chancelarias, que eram os pontos onde as escolinhas de iniciação esportiva já começavam a talhar os pequenos campeões. No Município, além do apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, o handebol também conta com patrocínio do Sicredi.

Por ser voltada às crianças, o mini-handebol tem algumas diferenças em relação à modalidade tradicional, como a trave menor, por exemplo. Eita, então teria que ter uma trave nova? Não. Para adaptar as traves existentes ao mini-handebol, foi desenvolvida uma faixa, que, instalada na trave tradicional, garante o tamanho ideal para que os pequenos possam jogar, se divertir, suar e aprender.

“Quando iniciamos o trabalho nesta divisão específica na Confederação, a ideia era de criarmos 80 chancelarias no Brasil inteiro, mas hoje este número já passa de 100”, destaca Telma, lembrando que todo o trabalho de mobilização tem sido feito remotamente por conta da pandemia.

Entusiasmado com o “boom” que o handebol pode ter com a versão kids, e sabendo do quanto a prática é benéfica para as crianças, o presidente da Fehamat aproveitou a oportunidade para homenagear um entusiasta do handebol que, neste ano, foi uma das vítimas da Covid-19, o professor de handebol sinopense Luiz Carlos Simon, de 39 anos, o “Chuck”. “Era um amigo querido e um apaixonado pelo handebol, por isso, ele passa a ser a inspiração para esta categoria no Estado”, comenta Thiago.

Para o titular da Semel sorrisense, a participação de Telma vem para referendar a tradição do handebol em Sorriso e, e respeitando todas as regras de biossegurança, a prática continua tendo apoio irrestrito do Município. “Estamos na expectativa de ir retomando gradativamente nossas atividades e, é muito gratificante ver uma professora do nosso time fazendo parte da Confederação, pois mostra que Sorriso é berço de muitos atletas da modalidade pois o handebol é trabalhado com muita técnica, dedicação e carinho desde as categorias de base há um bom tempo no Município”, declara Brandão.