Hoje, o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Sorriso atende 610 pacientes positivos para HIV e em tratamento; há ainda 36 pacientes em uso regular da profilaxia pré-exposição (PREP); 316 pacientes tratam a hepatite B e outros 33 realizam tratamento para hepatite C. Há 12 anos o Município não tem registro de casos de transmissão vertical – de mãe para filho – de HIV.

A coordenadora do SAE, Michelle Saldanha, pontua que os selos foram muito comemorados por toda a equipe. “É um reconhecimento que nos emociona muito, em relação ao HIV, por exemplo, a certificação reflete a qualidade da assistência no acompanhamento pré-natal, no parto, no puerpério e no seguimento da criança, é um trabalho complexo que envolve muitas etapas, muitas equipes e serviços diversos de saúde”, diz.

Michelle destaca que o trabalho até o recebimento do selo foi longo. “Lidamos com pessoas, com vidas e esse é um processo diário”, frisa. E todo esse acompanhamento é feito com muito carinho. “Nossa equipe preza muito pelo bem-estar do paciente; da família; nossa missão é propiciar cuidado e apoio”, completa.

Já o selo prata de boas práticas de tratamento da sífilis é fruto do trabalho realizado por todos os serviços de saúde. “O selo de boas práticas em relação ao tratamento da sífilis é o resultado da qualidade do serviço prestado e do comprometimento de toda a rede de saúde”, salienta a coordenadora de Atenção Primária, Cátia Luciano.

“Na ponta estão os PSFs que são a porta para diagnósticos e atendimentos; temos também a equipe do SAE acompanhando a evolução de cada paciente; a equipe da Vigilância em Saúde que realiza a parte documental; e, especialmente o atendimento hospitalar que é um grande diferencial nesses casos”, frisa. 

 “O trabalho desenvolvido no ambiente hospitalar é essencial para esse sucesso; hoje nossa referência para partos de mães positivas, por exemplo, é o Hospital Regional de Sorriso, e o atendimento no momento do parto para mulheres com HIV com a imediata realização dos testes no recém-nascido constituem um reforço no diagnóstico e tratamento desses pacientes”, explica Cátia. 

Para o secretário de Saúde e Saneamento, Luis Fábio Marchioro, a notícia reflete  o engajamento da saúde. “São profissionais dedicados em todos os setores, que atuam com muito amor e profissionalismo; essa conquista é mérito de cada servidor da saúde”, ressalta. Enfim, por trás desse selo existe uma rede de colaboração entre os serviço municipais, hospitais públicos, particulares, laboratórios de exames, medicamentos disponíveis... existe muita gente trabalhando para ofertar saúde e qualidade de vida", detalha o gestor. 

Ontem ainda, quando da divulgação do resultado, a coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cgist) do Ministério da Saúde, Pâmela Gaspar, apontou que o processo de certificação reforça o compromisso brasileiro com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Seguimos no caminho para a eliminação das infecções transmitidas verticalmente no nosso país. Com o Programa Brasil Saudável, estamos unindo forças com municípios, estados e demais parcerias importantes para alcançar esses objetivos até 2030”, detalhou.

A estratégia da certificação subnacional da eliminação da transmissão vertical e concessão de selos de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical, vem sendo concedida pelo Ministério da Saúde desde 2017. A prática é adaptada de iniciativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).