Sorriso é destaque na produção de soja, milho, feijão, algodão em caroço, arroz e girassol


        O município de Sorriso fechou o ano passado com uma produção agrícola estimada em R$ 3,2 bilhões. O aumento é de 28,3% em relação ao valor calculado em 2015. O fato fez o município mato-grossense registrar o maior valor de produção agrícola do Brasil, ultrapassando a cidade baiana de São Desidério, tradicional campeã que sofreu um decréscimo de 33,5%.

Os dados constam na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) 2016, divulgada nesta sexta (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa contabiliza o valor das produções das lavouras temporárias e permanentes. São pesquisadas 63 produtos agrícolas, incluindo 36 grãos que também são analisados mensalmente pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e mais 22 tipos de frutas.

Sorriso é reconhecido pela produção de grãos como soja, milho, feijão, algodão em caroço, arroz e girassol. Apesar disso, o relatório também aponta que a cidade produziu, em 2016, culturas como madioca, melancia, banana, melão, abacaxi, mamão, tomate, laranja, limão e maracujá.

Dos vinte principais municípios produtores do país, treze são mato-grossenses. As cinco primeiras posições da produção agrícola são ocupadas unicamente por municípios mato-grossenses, sendo que depois Sorriso, aparecem Sapezal, com uma produção calculada em R$ 2,7 bilhões; Nova Ubiratã e Campo Novo do Parecis (R$ 2 bilhões) e Nova Mutum (R$ 1,8 bilhão). Juntas, essas cidades representam 3,8% do valor total da produção brasileira.

O relatório do IBGE explica que as cidades de Mato Grosso estão sempre em destaque porque “possuem uma grande extensão de área cultivada e utilizam alta tecnologia, que associada às boas condições climáticas propiciam altas produtividades. Como o cultivo da soja e do milho ocorrem em épocas distintas, há um maior aproveitamento da área agricultável, reduzindo a necessidade de abertura de novas áreas”.

Mato Grosso

A produção mato-grossense fechou o ano passado com uma área plantada de 14,5 milhões de hectares plantados e 14,2 milhões de hectares colhidos. O valor da produção ficou em R$ 43,6 bilhões, registro 18,9% menor do que em 2015, reflexo das reduções da produção de soja e da quebra na produção de milho.

O estado terminou o ano com a segunda maior participação na produção agrícola, respondendo por 13,8%, uma baixa de 0,1 ponto percentual na comparação com 2015. Na sequência, aparecem o Paraná (12,6%), Rio Grande do Sul (12,1%) e Minas Gerais (12%). São Paulo continua sendo o estado mais representativo, sendo o responsável por 16,4% de todo o montante nacional.

Em relação a lavouras permanentes, Mato Grosso conseguiu um valor de produção de R$ 327,4 milhões, uma variação para cima de 21,8% em relação ao ano anterior e que representou apenas 0,6% do montante nacional. A área plantada ficou em 56,5 mil hectares, sendo que a área colhida foi de 47,1 mil hectares.

No caso das lavouras temporárias, os municípios mato-grossenses conseguiram um valor da produção de R$ 43,3 bilhões, um aumento de 18,8% do montante anterior. O valor representa 16,6% do total do país. A área plantada das culturas temporárias ficou em 14,4 milhões de hectares, sendo que a área colhida ficou em 14,2 milhões de hectares.

Mato Grosso continua como destaque na produção de grãos - soja, milho e algodão - e junto com o Paraná e Rio Grande do Sul correspondem a 61,8% da produção total nacional. Em 2016, o Estado colheu 26,3 milhões de toneladas de grãos em 9,1 milhões de hectares, com rendimento médio de 2,8 mil kg/ha, abaixo do rendimento de 1,1 mil kg/ha de 2015.