A secretária municipal de Assistência Social e primeira-dama de Sorriso, Jucélia Ferro, integrou, nesta quinta-feira (16), as discussões acerca do desenvolvimento de políticas públicas na área de assistência social, um dos temas centrais do seminário promovido pela Associação para o Desenvolvimento Social dos Municípios de Mato Grosso – APDM.
 
O evento teve como palco o auditório do Conselho Regional de Contabilidade e contou com a participação de cerca de 300 pessoas, entre primeiras-damas, gestores e técnicos da assistência social. Segundo a organização, o objetivo do encontro foi promover um debate sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos municípios, além de proporcionar a partilha de informações necessárias e soluções viáveis, visando o fortalecimento da Política de Assistência Social e a consolidação do Sistema Único de Assistência Social nos municípios.
 
Para a secretária, a oportunidade foi importante para conhecer a realidade de outros municípios e também fortalecer em âmbito regional e estadual as ações desenvolvidas em Sorriso. “Momentos como este nos auxiliam a planejar e também executar ações mais efetivas, contribuindo assim para a consolidação de políticas federais e para a melhoria significativa da qualidade de vida dos cidadãos”, destacou.
 
A presidente da APDM, Bethânia Benedita da Cruz, disse que se reuniu com representante do ministério do Desenvolvimento Social - MDS, em novembro passado, para viabilizar a liberação de recursos para os municípios mato-grossenses. Os recursos estavam atrasados, o que estava prejudicando o desenvolvimento de várias ações de atendimento à população. A gestora destacou que a Associação convidou um representante do MDS para participar do seminário visando a orientar e esclarecer as dúvidas das primeiras-damas e equipes, considerando que dezenas de municípios passaram a contar com novos gestores nesta gestão.
 
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, destacou a importância da assistência social, que enfrenta muitos desafios, principalmente a falta de recursos financeiros. Ele ressaltou que os municípios precisam do apoio governamental para os programas de geração de renda. “Precisamos levantar a bandeira do reconhecimento do trabalho da ação social, que recebe recursos insignificantes de programas e ainda com atraso. É necessária uma atenção diferenciada para a ação social”, assinalou.
 
O secretário de estado de Trabalho e Assistência Social, Max Russi, disse que os municípios serão beneficiados com um programa de transferência de renda. Russi pediu apoio das primeiras-damas para desenvolver ações nos municípios e destacou que os indicadores de Mato Grosso ainda são preocupantes. “Temos o menor IDH do Centro-Oeste, abaixo da média nacional. Precisamos avançar nos indicadores sociais”, ponderou Russi.
 
O representante do ministério do Desenvolvimento Social, André Yosan, frisou que é preciso diferenciar assistência social de assistencialismo, que são conceitos completamente distintos. Enquanto a assistência social representa política pública, que viabiliza direitos, o assistencialismo presta serviço à população como se fosse favor, reforçando a dependência do estado. “É preciso romper com o assistencialismo nos municípios”, assinalou.
 
Yosan, que proferiu palestra sobre a Gestão da Política de Assistência Social em 2017, orientou os gestores que os municípios só recebem recursos federais se tiverem conselho, plano e fundo de assistência social. Além disso, é necessária a prestação de contas pelos entes federados.