É gente como o fotógrafo Ney Pinheiro que positivou no fim de janeiro. O fotógrafo conta que inicialmente pensou se tratar de um resfriado. “Comecei espirrando, nariz trancado e aí fui no Hospital de Campanha e já passei a usar a medicação que integra o kit. Era uma sexta-feira, na terça seguinte fiz o exame e deu positivo, a partir de então os sintomas foram aumentando como perda do paladar, do olfato e dor de cabeça intensa”, conta.

Mesmo um mês após o fim da quarentena, Pinheiro relata que o paladar ainda continua “estranho, o gosto mudou e acaba que não sinto muito bem o tempero; quando faço o almoço, geralmente, o pessoal de casa reclama que está sem sal. Isso aconteceu ontem mesmo”, diz.

Positivo em dezembro o jornalista Adriano Carneiro permaneceu assintomático. Porém, agora tem observado situações de esquecimento. “É uma dificuldade para lembrar pequenas coisas; coisas corriqueiras que antes eram normais, agora preciso anotar”, frisa. O jornalista pontua que quanto mais tenta lembrar algo, esquecido inesperadamente, maior a situação de desconforto. “Teve um dia em que fui em uma loja; estacionei minha moto à poucos metros da entrada e ao sair eu não conseguia lembrar onde estava. Comecei a procurar e não encontrava, sentei na calçada e pensei que havia deixado no trabalho, então levantei para voltar na direção do meu trabalho e acabei encontrando a moto”, salienta. “São situações que nunca vivi”, conta.

Assim como os dois, vários outros sorrisenses sentiram o efeito da Covid-19. Para muitos, os sintomas foram mais fortes e houve a necessidade de internação. Para todos a história da apreensão diante de um resultado positivo se repete, e, ao mesmo tempo as vozes se unem para uma única recomendação em comum: continuem se cuidando, porque o vírus não foi “embora”.

O secretário de Saúde e Saneamento, Luís Fábio Marchioro, pontua que nas últimas 24 horas 121 sorrisenses saíram da quarentena ou receberam alta de hospitais, sendo declarados curados da Covid-19. “É um número alto de curados e que nos deixa felizes. Mas precisamos manter todos os cuidados básicos”, destaca ao lembrar que desde a sexta-feira (12) até ontem, domingo (14), 662 pessoas buscaram atendimento médico no Hospital de Campanha Municipal. No mesmo período foram realizadas 430 coletas de exames.  “Pedimos a todos que testaram positivo ou que estão suspeitos que respeitem o período de quarentena evitando assim a proliferação do vírus”, diz.

As medidas preventivas, como o uso da máscara, do álcool 70º e a lavagem das mãos ainda são ferramentas diárias no combate à pandemia. E, se você sentir sintomas, isto é, qualquer sintoma que possa estar relacionado à Covid-19 a indicação é procurar atendimento imediato. O Hospital de Campanha e a Unidade de Pronto Atendimento Sara Akemi Ichicava ficam abertos 24 horas. Além disso, o PSF Nova Integração, localizado na Zona Leste, também está atendendo no período noturno. E há ainda as Unidades Básicas de Saúde que estão preparadas para atendimento e encaminhamento.

No caso da necessidade de medicação, os pacientes podem retirar nas três farmácias cidadãs da área urbana – a Farmácia Cidadã Central 24 Horas, a do Bela Vista e a da Zona Leste e nas duas dos distritos - Primavera e Boa Esperança, somente é necessário que o paciente apresente receita do Sistema Único de Saúde (SUS). Qualquer dúvida em relação à Covid-19 ou mesmo denúncia pode ser realizada pelo número 150 que atende das 7 horas da manhã à meia-noite.