Amamentar é um direito de toda mãe. No agosto dourado, as organizações de saúde reforçam a necessidade e a importância de realizar a amamentação pelo menos até o 6º mês de vida da criança e, se possível, até os dois anos ou mais, segundo orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
A amamentação ajuda na nutrição e imunização do bebê contra doenças respiratórias e alergias.
A amamentação também contribui para a prevenção do câncer de mama, principalmente se feita por mais de um ano.
Sorriso conhecido por sua força no agronegócio, mostrou que também é uma potência quando o assunto é cuidado humanizado ao marcar presença no I Congresso Internacional de Novas Abordagens em Saúde Mental, realizado nos dias 19 e 20, no Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá. A programação reuniu profissionais, gestores, estudantes e, principalmente, pessoas com suas próprias histórias de superação para a troca de conhecimentos sobre o cuidado em saúde mental.
As vozes que levaram a mensagem representando Sorriso, foram as de Lígia Souza Leite, que está à frente da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município, e Luciana Azevedo, coordenadora do Caps Integrar. Elas apresentaram as práticas bem-sucedidas implementadas no Município, destacando o compromisso da administração com a oferta de serviços de saúde mental humanizados e baseados na comunidade.
Para a coordenadora Lígia Souza Leite, pisar no palco do congresso foi mais do que apresentar dados; foi defender uma causa e reforçar a política pública desenvolvida no Município.
“Falar de saúde mental é falar de gente, de vida que pulsa nos bairros. A presença de Sorriso nesse evento representa o avanço na construção de uma rede de apoio sólida que respeite histórias, vínculos e a vida em sua integralidade, além de reafirmar o posicionamento de um Município que investe em políticas públicas de saúde eficazes promovendo não apenas tratamento, mas também acolhimento, inclusão e cidadania”, destacou.
O congresso é uma iniciativa do Centro Educacional de Novas Abordagens Terapêuticas (CENAT) em parceria com a International Mental Health Collaboration Network (IMHCN) e outras instituições. O objetivo principal do encontro foi debater estratégias de desinstitucionalização e fortalecer os serviços comunitários, visando a melhoria da qualidade de vida de pessoas em sofrimento psíquico.
Luciana Azevedo, coordenadora do Caps Integrar, complementou, ressaltando a importância do intercâmbio de informações. “Apresentar nossas ações em um evento de relevância internacional valida o trabalho que realizamos diariamente. Além disso, nos permite absorver novas práticas para aprimorar continuamente os serviços ofertados à população de Sorriso”, declarou.
No Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSij) INTEGRAR, em Sorriso, uma iniciativa tem se destacado por sua abordagem sensível e eficaz no tratamento de adolescentes: a Arteterapia. Utilizando a pintura em tela, o projeto oferece um caminho para que jovens, muitas vezes com dificuldades em verbalizar seus sentimentos, possam expressar suas emoções, angústias e descobertas através de cores e formas.
A oficina terapêutica, que acontece semanalmente, é um espaço de acolhimento para adolescentes de 12 a 18 anos. Muitos chegam ao grupo encaminhados pela psicologia por não conseguirem traduzir em palavras o sofrimento psíquico que vivenciam. É nesse ponto que a arte entra como uma ponte para o autoconhecimento.
"A arteterapia se tornou uma estratégia fundamental para nós. Vemos adolescentes que chegam com emoções 'embotadas', presas. Através da pintura, eles conseguem externalizar o que sentem de uma forma tangível. A arte legitima esses sentimentos e se torna uma potente ferramenta no processo terapêutico de cada um” ", explica Luciana.
As sessões são cuidadosamente planejadas. Realizadas tanto nas dependências do CAPSij quanto em áreas verdes da cidade, para estimular o contato com a natureza, os encontros reúnem grupos de até oito adolescentes. Com o tema da saúde mental como guia, eles têm a liberdade de pintar em tela de forma livre.
Após a conclusão das obras, um dos momentos mais ricos acontece: uma roda de conversa. Nela, cada jovem partilha o significado de sua arte, e o grupo ouve e reage, criando uma ressonância coletiva. "É incrível ver como a interação com a arte e com os colegas permite que eles compreendam melhor suas próprias dificuldades. "Eles não apenas se expressam, mas também desenvolvem habilidades cognitivas, motoras e sociais. A pintura se torna um recurso que facilita o nosso trabalho e, principalmente, o processo de cura deles", relata Lígia.
Os resultados, segundo as coordenadoras, são visíveis. A iniciativa tem contribuído significativamente para o desenvolvimento psicossocial dos participantes, restabelecendo a comunicação e fortalecendo a autoestima. "O projeto oportuniza o avanço no entendimento das questões psíquicas, proporcionando novas experiências e descobertas. É a prova de que a atenção psicossocial humanizada, focada na singularidade de cada jovem, faz toda a diferença", conclui Luciana Azevedo.
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