No mês passado, os dados da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil (Semsep) trazem o registro de 162 acidentes no município, 82 com vítimas e 80 somente com danos materiais. Destes acidentes com vítimas, 74 foram motociclísticos, sete foram atropelamentos a bicicletas e um foi atropelamento a pedestre. Dos envolvidos em acidentes, 76% foram homens e 24%, mulheres.

Em setembro, foram registrados 108 acidentes, e em agosto, 132. Em outubro do ano passado, foram contabilizadas 146 ocorrências e em outubro de 2018, 120. “Estamos aumentando as blitze, principalmente para coibir a prática da condução sob efeito de álcool”, responde o titular da Semsep, José Carlos Moura, quando  perguntado sobre a ação imediata que está sendo tomada para reduzir estes índices.

Em razão da pandemia da Covid-19, a Semsep precisou pisar no freio nas atividades educativas desenvolvidas por meio de palestras e também da campanha “Todos pela Vida”, além de também contribuir com as ações ligadas ao combate às aglomerações. “Mesmo frente a estes novos desafios, contamos sempre com a participação de cada pessoa para fazer um trânsito melhor, seja com toda a atenção na hora de atravessar a rua, seja reduzindo a velocidade ou deixando o celular de lado quando estiver no trânsito”, reitera.

Se por um lado a Prefeitura vem investindo na implantação de novas rotatórias, fortalecimento do transporte coletivo de passageiros, substituição gradativa das lâmpadas de vapor de sódio por luminárias de LED, reforço da sinalização e da atuação da  Guarda Municipal de Trânsito (GMT), por outro, o crescimento constante do município por conta de seu desenvolvimento econômico e social, também impacta no aumento da frota de veículos e consequente movimento nas vias.

Só para se ter uma ideia, frente aos 92.769 habitantes estimados pelo último censo demográfico em Sorriso, há o registro de 77.764 veículos no município, sendo 23.278 automóveis e 16.630 motocicletas, lembrando que o número total também inclui caminhões, caminhonetes, camionetas, ônibus, entre outros. Em dezembro do ano passado, eram 75.370 veículos.

“De maneira democrática, ouvindo sempre especialistas, a população e os nossos empresários, vamos buscar maneiras para reduzir este número de acidentes, até porque a vítima não pode nunca ser encarada somente como um número, é um cidadão, que, muitas vezes, precisará ficar internado, passar por todo um processo de reabilitação, afastamento do trabalho, e infelizmente, perdendo a vida em alguns casos, e a vida tem um valor inestimável”, analisa o prefeito Ari Lafin.