“Amenizar os danos no depósito é responsabilidade social e ambiental. Optamos por manter um trator esteira atuando de forma contínua, 24 horas. Mesmo assim, há dias em que não conseguimos conter a queimada, afinal são cerca de 200 toneladas diárias de lixo seco depositadas no local e a máquina também precisa passar por revisões”, explica.

Conforme Acácio, além da queimada oriunda da própria combustão do material, a Prefeitura enfrenta ainda focos de queimadas criminosos com pontos sendo incendiados propositalmente, o que é crime ambiental. “Há um guarda no local, mas o espaço é grande”, acrescenta. Para conter situações como essa, será instalada guarita e contenção com cerca. Segundo o secretário a previsão é que tudo seja concluído até março de 2020. Também será adquirido um novo trator esteira e uma nova pá carregadeira para atender o depósito. “Todas essas ações foram amplamente discutidas no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Sorriso (Condess).

O responsável pela SAMA, Márcio Kuhn, destacou que no momento o município enfrenta duas situações. “Nesse primeiro momento precisamos de uma resposta rápida e discutimos essas ações com o Condess. Também recebemos o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário para converter uma multa ambiental no valor de um milhão de reais  que serão usados para a aquisição de esteira, pá carregadeira e uma máquina para moer a galhada”, explica. Kuhn destaca que a previsão é que o recurso seja liberado dentro de trinta dias, “o processo licitatório já está pronto”, acrescenta.

“Como o Acácio destacou, esse recurso também irá nos possibilitar a instalação da cerca e da guarita”, disse. Segundo Kuhn, essa será uma forma de trabalhar de maneira adequada até que seja possível terceirizar a administração do depósito. Kuhn detalha ainda que devido ao próprio crescimento, hoje as empresas já tem despertado para o uso da galhada em processos de compostagem ou para próprio aquecimento, “o que também estamos analisando”, adianta.

A outra situação apresentada por Kuhn é a terceirização. Segundo ele, o Condess tem discutido o Plano Municipal de Intenções (PMI) para a terceirização. “Estamos trabalhando em um projeto que alie o crescimento com alternativas sustentáveis. Buscamos estudos de caso em todo o país e conhecemos cidades em que o resíduo é moído e reaproveitado com a opção de trabalhar com o material volumoso, resultante de poda de árvores e com a própria galhada para a confecção de um composto para hortas, por exemplo”, explica.

“Estamos preocupados e comprometidos em buscar soluções ambientais e também viáveis economicamente”, reforça o secretário. De acordo com o secretário, a intenção é recuperar a própria área de dez hectares hoje degradada e implantar um local apropriado tanto para a destinação correta do resíduo quanto para o reaproveitamento pensando a curto e a longo prazo. “Estamos acompanhando empresas que estão buscando junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente a regularização ambiental para uma possível terceirização, mas até lá vamos nos organizar para trabalhar da maneira amis adequada possível”, finaliza.