“Nesse momento, nós ainda temos medicamentos que agem como bloqueadores neuromusculares, conhecidos como o “kit intubação”, mas são poucos e estamos preocupados, pois necessitamos ter esse medicamento à mão no caso da necessidade de intubação; por isso buscamos o apoio do Estado”, explica. “Nós temos dinheiro em caixa, já fechamos contrato com os fornecedores. Contudo, eles não estão nos fornecendo a medicação de acordo com o ajustado no momento do contrato que reflete a necessidade do Município”, relata.
O gestor da Secretaria pontua que levou a preocupação ao prefeito Ari Lafin que solicitou que ele buscasse auxílio do Estado. “Diante da preocupação do prefeito que é comum a todos nós da saúde, vim à Cuiabá. Conversei com a equipe da Secretaria de Estado e também por telefone com o Gilberto Figueiredo que nesse momento, por questão de saúde, está em home office. O secretário de Estado se comprometeu em nos auxiliar”, diz.
Marchioro acrescenta ainda que o Município não está medindo esforços no enfrentamento à pandemia. Desde março de 2020, Sorriso tem implantado várias medidas, inclusive com a abertura de um Hospital de Campanha Municipal com atendimento 24 horas para pacientes positivos ou com sintomas. Além disso, os cinco leitos de terapia semi-intensiva da UPA, foram reestruturados e estão atendendo como terapia intensiva.
O secretário lembra que essa não é a primeira vez que o município enfrenta problemas no recebimento de medicação. Em maio de 2020 a Secretaria de Saúde e Saneamento já havia divulgado que muitas empresas que haviam vencido concorrências públicas em Sorriso comunicaram dificuldades para entregar os medicamentos devido à falta de insumos para a produção dos mesmos.
“Ainda naquele período inicial de pandemia as empresas nos informaram que não tinham insumos para manipular e fornecer os medicamentos. Hoje, voltamos a enfrentar e de forma mais crítica essa situação e tememos pela falta dos bloqueadores neuromusculares”, adianta.
Conforme o secretário, o departamento de licitação da Prefeitura Municipal já foi informado da situação e tem convocado as demais empresas que também participaram dos certames. Contudo, como já foi relatada a falta de insumos pelas primeiras classificadas, não há garantias de que as demais classificadas consigam fornecer a medicação. Além, disso, também é visível o aumento nos preços, pontua o secretário.
O secretário frisa que esse é um problema que foge ao controle da Prefeitura. “Hoje enfrentamos uma situação muito peculiar, pois temos dinheiro em caixa para adquirir o medicamento, mas infelizmente não temos medicamentos à disposição para aquisição devido à pandemia”, destaca.
Nesse contexto, frisa o secretário, é essencial que a população continue com as medidas preventivas como o uso da máscara, a higienização constante das mãos e o distanciamento social. O secretário complementa que “mais do que nunca precisamos ser conscientes e fazer uso das medidas básicas; nosso foco nesse momento está em evitar as aglomerações e festas clandestinas”, diz.
Rede de ajuda
Para quem tem suspeita ou testou positivo, Marchioro lembra que o HC está aberto 24 horas, assim como a UPA. Além disso, o PSF Novos Campos, localizado na Zona Leste, também está atendendo com horário estendido no período noturno das 18 horas até às seis da manhã do dia seguinte de segunda a sexta-feira e das 7 às 19 horas aos sábados e domingos. E há ainda as Unidades Básicas de Saúde que estão preparadas para atendimento e encaminhamento.
No caso da necessidade de medicação, os pacientes podem retirar nas três farmácias cidadãs da área urbana – a Farmácia Cidadã Central 24 Horas, a do Bela Vista e a da Zona Leste e nas duas dos distritos - Primavera e Boa Esperança, somente é necessário que o paciente apresente receita do Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário lembra ainda que qualquer dúvida em relação à Covid-19 ou mesmo denúncia pode ser realizada pelo número 150 que atende das 7 horas da manhã à meia-noite.