“Já vínhamos alertando a população sobre a necessidade de eliminar criadouros, de manter os cuidados; observamos um avanço contínuo dos casos de dengue, Chikungunya e Zika em todo o país e trabalhamos muito para que esse pico não ocorresse aqui também, mas precisamos muito do apoio da população nesse sentido”, destaca a coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro.
Segundo ela, “os números de abril já tinham ligado o alerta em relação à dengue e agora as amostras encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central) estão voltando positivas para a Chikungunya também, o que gerou ainda mais preocupação”, diz.
A coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, reforça que mais do que nunca é preciso o auxílio da população. “Na última semana encontramos situações desesperadoras para nós em vários pontos da cidade; no Mário Raiter identificamos muitos locais positivos para a pupa do Aedes, praticamente já na fase final para se tornar mosquito e muito lixo acumulado nos terrenos”, destaca.
“Desde o início do ano vínhamos alertando para a necessidade da colaboração de todos para evitarmos o aumento no número de casos, precisamos interromper o ciclo de proliferação do mosquito”, alerta Taynná. “Além das confirmações emos muitos outros casos em investigação e impedir esse ciclo cabe a todos nós, cidadãos”, acrescenta “pois não é responsabilidade do poder público limpar o quintal de ninguém”.
Além de cuidar do quintal, é indicado que ao sentir sintomas relacionados às enfermidades, a população procure auxílio profissional. Hoje, Sorriso disponibiliza o teste rápido para dengue nos PSFs e na UPA. Além do teste para Chikungunya e Zika realizado no Laboratório Municipal via pedido das unidades de saúde. “É mais uma forma de garantirmos agilidade no diagnóstico e tratamento”, acrescenta a enfermeira.
Índices elevados
Entre os pontos que levantam preocupação está o Assentamento Jonas Pinheiro com índice de infestação de 16,06% para o Aedes aegypti. Já o Residencial São Francisco fechou em 13,04% no último levantamento; no Loteamento do Valo o índice foi de 10,34%; no Industrial Nova Prata o número chegou a 10,15% e no Fraternidade a 9,3%; todos índices de alto risco. Independente da área – urbana ou rural - o índice aceitável pelo Ministério de Saúde é de até 1%.
Além do aumento de casos e do índice larvário, outra preocupação é a quantidade de lixo encontrada nos quintais e relatada pela equipe de ACEs. São situações em que o acúmulo de lixo também esconde animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros.
“Nossa equipe orienta, pede que o morador elimine esses focos de lixo, mas há casos extremos, inclusive reincidentes em que precisamos comunicar o NIF (Núcleo Integrado de Fiscalização) para acompanhamento e multa”, detalha Claudete. Hoje, 47 agentes de combate a endemias atuam diretamente à campo. “mas cada um precisa fazer a sua parte”, complementa.
Confira algumas dicas da equipe para por em prática em casa e no trabalho:
✅ Retire os pratinhos nos vasos de plantas e faça furos nos vasos para vazar a água;
✅ Coloque terra ou areia até a borda nos vasos;
✅ Mantenha a caixa d’água fechada;
✅ Retire as embalagens plásticas ou celofane usados em flores e arranjos naturais e de plástico;
✅ Não deixe recipientes como copos, garrafas, embalagens ou sacos plásticos pelo quintal;
✅ Descarte o lixo somente em lugares adequados – essa dica vale para quando você estiver na rua também;
✅ Verifique a situação das calhas de sua residência;
✅ Use repelentes; cuide-se.
E para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos - confira aqui o calendário; em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins que incluem folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada.