O mês de agosto na área da saúde é conhecido como “Agosto Dourado” em alusão a amamentação. É que neste mês são intensificadas as orientações e as ações de promoção e apoio ao aleitamento materno. Em Sorriso, uma programação já está em andamento, como a produção de vídeos com mães contando a experiência de estar amamentando e de profissionais da saúde com orientações sobre a importância da amamentação.
Além dos vídeos orientativos, a programação conta ainda com atividades nas unidades de saúde voltadas para o aleitamento materno com as gestantes, puérperas e lactantes de sua área de abrangência da unidade, que será realizado nas quintas-feiras, que é o dia de atendimento ao grupo de gestantes. Já para o fechamento do mês será realizado o 2º Amamenta Sorriso, que será no dia 25, às 15h, no Parque Ecológico Municipal Claudino Frâncio, com a participação de todas as gestantes, puérperas e lactantes das unidades de saúde.
O Ministério da Saúde (MS) promove campanha de apoio à amamentação no trabalho, incentivando a mulher trabalhadora a continuar amamentando após o término da licença-maternidade. Ainda segundo o MS, é importante amamentar pelo menos nos seis primeiros meses de vida do bebê.
“Sempre reforçamos a importância de amamentar, não só para o bebê, que previne várias doenças, fortalece o desenvolvimento e o sistema imunológico, previne o diabete, e isso gera menos gasto com medicamentos, mas também os benefícios para as mães, pois já está provado que as mães que amamentam tem menos possibilidade de desenvolver câncer de mama. Então são benefícios para a família toda, que vem através da amamentação”, explicou o médico pediatra Roberson Menegotto.
Para a assistente social Carla Graciele Cardoso, que é mãe pela segunda vez, a amamentação foi um desafio.
“Eu entendo que amamentar eu uma decisão e um desafio, eu por exemplo não fui amamentada quando bebê, mas quando engravidei pela primeira vez já decidi que queria amamentar. E foi um desafio, pois passei 40 dias tentando dias e noites tentando fazer com que a nenê pegasse o peito, ela teve muita dificuldade, mas deu certo, consegui. Ela mamou até os dois anos. Hoje estou amamentando a segunda filha, e também quero amamentar até os dois anos também”, contou ela.
São diversos os relatos das mães que tiveram dificuldades, mas que persistiram e conseguiram amamentar. A enfermeira Kátia Cristina Dal Prá, sempre orientava sobre a importância do aleitamento materno, hoje ela esta vivenciando este momento.
“ Como profissional sempre defendemos a importância de amamentar, e hoje vivencio pela primeira vez esse ato de amor, de troca de contato com minha filha. Eu tive dificuldade de amamentar a pequena Laura, pois tive uma fissura no bico do peito, mas com o uso de um bico de silicone resolvemos o problema e a Laura, mama tranquila. Vale a pena os benefícios, tanto pra mim quanto pra ela, são inúmeros”, disse.
As únicas mães que não podem amamentar são portadoras de HIV, essa são acompanhadas pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE).
“As mãezinhas que são soros positivo não podem amamentar, por isso oferecemos todo apoio, orientação e acompanhamento do bebê e da mãe aqui pelo SAE, inclusive o leite. É muito importante que durante a gestação, os pais continuam usando preservativo, a fim de evitar qualquer infecção para o bebê”, explicou a coordenadora, Danielly Oneda.