A maior parte dos acidentes foi registrada em janeiro quando foram seis ataques de serpentes e dois de escorpiões; em maio foram cinco ataques de serpentes e dois de escorpiões; já em outubro foram dois ataques de serpentes e quatro de escorpiões. Nos demais meses a incidência é menor.

Nos casos listados acima, houve ocorrência de sintomas variados como náuseas; vômito; suor excessivo; agitação; tremores; salivação; aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Situações que requerem e precisam de atendimento médico com urgência, frisa a coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro.

A profissional destaca que constantemente a Saúde vem alertando a população sobre os riscos de ataques, e, inclusive a falta de soro tanto antirrábico quanto antiofídico no Município. “Estamos sempre solicitando que a população evite locais de mata principalmente por causa de serpentes; em casos que não há como evitar, como quem atua nesses ambientes, a recomendação é usar luvas, botas de borracha, material de proteção”, diz.

Taynná alerta ainda sobre a necessidade manter quintais e terrenos limpos, evitando tanto a proliferação de animais peçonhentos como do mosquito Aedes aegypti. “Ambientes com acúmulo de sujeira e mato alto são ideias para a proliferação desses animais”, frisa.

Já em casos de acidentes, alguns cuidados como não sugar o local da picada ou ferroada e nem amarrar torniquetes precisam ser observados. “O ideal é que a vítima receba atendimento imediato em uma unidade de saúde; recomendamos, se possível capturar o animal e levar para que que a equipe veja qual o melhor tratamento”, explica. Quando não for possível a captura, deve-se fornecer o máximo de características possíveis para a aplicação da medicação adequada.

Nesses casos, ressalta Taynná, vale aquela máxima “melhor prevenir do que remediar; por isso reforçamos a necessidade de manter o ambiente limpo, eliminando hábitats propícios ao surgimento de animais peçonhentos”, completa.

O que são animais peçonhentos?

Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas e também em seus predadores por meio de picadas, ferrões, entre outros mecanismos.

Entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil estão serpentes; escorpiões; aranhas; lepidópteros (mariposas e suas larvas); himenópteros (abelhas, formigas e vespas);  coleópteros (besouros); quilópodes (lacraias); peixes; cnidários (águas-vivas e caravelas). Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas.