“Pois aqui está a minha vida.  Pronta para ser usada. Vida que não se guarda nem se esquiva, assustada. Vida sempre a serviço da vida.” Foi com os versos de Thiago de Mello que o promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas encerrou a reunião realizada na manhã de hoje (20), no auditório do Ministério Público de Sorriso, onde foi discutida a implantação do projeto “Educar é dar Limites”, que será oficialmente apresentado à comunidade às 19 horas, no auditório Magessi do Centro de Eventos Municipal Ari José Riedi.

 

Por meio da poesia, o representante do Ministério Público conseguiu sintetizar a intenção do Ministério Público ao capitanear a iniciativa, que busca trabalhar a noção de limites junto às crianças e adolescentes, de modo a contribuir para a formação de cidadãos de bem, conscientes de seus direitos e de seus deveres. A forma de abordagem está sendo estruturada coletivamente com a Administração Municipal de Sorriso, por meio das diversas secretarias que têm contato direto com as crianças, os adolescentes e, principalmente, os pais e responsáveis. “Estou me colocando à disposição de vocês, para que possamos trabalhar e avançar nesta questão da disciplina”, destacou Florestan, reforçando que o MP já oferece, uma vez por mês, palestra para alunos que são indicados pelas escolas por questões de indisciplina.

 

As formas para que a questão de limites seja trabalhada com pais e com as crianças e adolescentes envolvem a preparação de uma peça teatral pelo Departamento de Cultura do município, palestras e também oficinas temáticas. “Somente pela união de forças é que poderemos administrar nossa cidade”, destaca o prefeito Ari Lafin, reforçando que vai criar, por meio de decreto, um Grupo de Trabalho Integrado (GTI) para acompanhar essa situação. O GTI deve reunir representantes das secretarias municipais de Saúde e Saneamento, de Educação e Cultura, de Assistência Social, de Esporte e Lazer; de instituições de ensino superior; da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do Ministério Público. “A intenção é que esse grupo, a exemplo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), tenha uma agenda de trabalho quinzenal, com desenvolvimento de um plano de ação e avaliação permanente dos trabalhos”, detalha.