A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação (Semed), através da equipe do Centro Municipal de Atendimento e Apoio à Inclusão da Educação Especial (Cemais), ofertou para mais de 30 pessoas, entre professores, estagiários e pais de alunos, a formação do curso básico de Braille, através do Sistema de Leitura em Braille.
O curso teve duração de cinco meses e foi oportunizado de acordo com recursos e materiais disponíveis, como: reglete (régua específica para a escrita em braile), punção (caneta das pessoas com baixa visão e acuidade visual e cegueira), além de máquinas braile (utilizada na qualidade e eficiência da escrita em braile).
Segundo a secretária de Educação, Lúcia Drechsler, o projeto é de autoria da mediadora e pedagoga Cleci Vera Schenkel Martini, que visa multiplicar o conhecimento inicial de Braille no Município.
“O objetivo do curso é promover a divulgação e facilitar as pessoas que atuam com pessoas com deficiência visual cegueira o acesso tanto a comunicação através desse código, como o entendimento da escrita em braile”, frisa a educadora, Cleci Vera Schenkel Martini.
Atualmente, a Rede Municipal conta com alunos com deficiência visual que necessitam desse atendimento especializado, além de deficientes visuais que mesmo estando na Rede Estadual, e terem sido alfabetizados pelo Município, as vezes precisam desse auxílio.
“Precisamos avançar na Educação Especial e Inclusiva além de valorizar a diversidade. Essa é uma forma de educação democrática para todos, não só através dos recursos físicos, mas, também através do apoio especializado, dando maior autonomia para a pessoa com deficiência visual cegueira em nosso Município”, ressalta a secretária de Educação Lúcia Drechsler.
Durante o curso foram ensinados além do alfabeto, elementos da escrita, formas de comunicação visual, ilustrações e gráficos, a tradução do braile a tinta, vivências teóricas e práticas da pessoa com cegueira, oficinas de vendas e leituras em braile.
O código Braille é um sistema de leitura e escrita através de pontos em relevo, lidos através dos dedos que proporciona a inclusão da pessoa cega ou com baixa visão. Composto por 63 sinais formados a partir do conjunto matricial, os códigos se destacam também na inclusão digital, através dos recursos tecnológicos como ledores, softwares e aplicativos, com descrições entre outras possibilidades de melhorias e autonomia da pessoa cega.