A Prefeitura de Sorriso
firmou uma parceria com o Centro de Ressocialização de Sorriso e o Conselho
Municipal de Segurança Pública (Comsep), para que os reeducandos construam caixas
de madeira estilo colmeias que serão doadas para as famílias assistidas pelo
projeto Vitamel. As primeiras caixas serão repassadas às famílias no dia 18 de
outubro, às 13h30.
“Atualmente 106 famílias
então incluídas no Vitamel, e recebem treinamento e assistência técnica
ofertada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e
Meio Ambiente. Queremos fortalecer ainda mais o programa com essa parceria e garantir
mais uma atividade ao reeducandos”, afirma o prefeito de Sorriso, Ari Lafin.
O programa Vitamel é
realizado pela Prefeitura de Sorriso e tem por objetivo fomentar a produção de
mel, visando o aumento na renda dos pequenos produtores do município. O
programa tem crescido consideravelmente e a produção de mel tem ultrapassado as
expectativas, fato que comprova que o uso de agrotóxicos nas lavouras tem sido
mais consciente e Sorriso está avançado na sustentabilidade do agronegócio.
“Sabemos que a
pulverização indiscriminada de agrotóxicos é responsável pela mortandade de
colônias inteiras de abelhas de várias espécies em apiários de todo o país. Aqui
em Sorriso tem sido diferente, o que comprova que a Capital Nacional do
Agronegócio também está servindo de exemplo quando o assunto é conservação ambiental”,
ressalta coordenadora do programa Vitamel, Clarice Saueressig.
Clarice ressalta ainda a importância
da fabricação das colméias pelos reeducandos. “Essa parceria entre apicultores
e a Prefeitura, com o apoio de agricultores locais, está aumentando a presença dos
apiários no município. Mais do que produzir mel, as abelhas são fundamentais na
polinização de mais de 70% das culturas agrícolas, da flora e têm papel
importante na preservação das matas e florestas”, explica Clarice.
De acordo estudos
realizados pela Embrapa, a associação entre os pesticidas e o sumiço das
abelhas é cada vez maior, pois elas acabam tendo o chamado DCC - Desordem do
Colapso das Colônias, geralmente causado por uso indiscriminado de agrotóxicos,
e que fazem com que as abelhas percam o senso de localização e não consigam
mais voltar para a colméia, o que resulta na extinção de muitos enxames.
“As abelhas são
extremamente sensíveis a produtos como inseticidas, fungicidas e herbicidas,
que podem causar alterações no comportamento desses polinizadores e até levar à
morte dos enxames. O fato de uma colmeia prosperar é um ótimo sinal para toda a
região que a abriga”, pontua Clarice.