No meio de todo este processo há uma série de fatores envolvidos, e alguns deles têm se comportado como pedras no sapato de muitas empreiteiras: o aumento constante de preços dos materiais de construção, dificuldade para adquirir determinados insumos e escassez de mão-de-obra.
“Estamos aqui juntos para estreitar laços, ouvir todos os lados, expor as necessidades de cada um e alcançar o nosso objetivo em comum, que é ver as obras entregues”, reforçou o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, mediador da reunião.
Titular da Semcid, Ednilson Oliveira, reitera que é preciso que os fiscais das obras sigam acompanhando criteriosamente as obras em andamento e que as empreiteiras apresentem, formalmente, os “planos de ataque” para recuperar atrasos.
Muitas vezes, cabe ao empreiteiro não somente seguir o projeto, verificar a qualidade dos materiais e o zelo dos operários na execução do trabalho. Prestar atenção às condições climáticas também é fator indispensável em determinadas etapas, garantindo qualidade na execução do trabalho e evitando retrabalhos.
É o caso da obra do Centro de Reabilitação Renascer. Segundo o responsável pela empreiteira licitada para a obra, Carlos Eduardo Vendite de Assis, é preciso que a terra que será usada na terraplanagem esteja totalmente livre de umidade, resultando em boa compactação do solo e evitando qualquer problema na execução da obra. A CVA, além do Renascer, também é responsável pelo Centro de Hemodiálise, ambos na Avenida Brasil. O prédio que vai abrigar o Centro de Hemodiálise deve ser entregue no próximo mês.
“A justificativa formal, por escrito, garante a comunicação oficial entre contratante e contratada e contribui para reforçar o processo de transparência na fiscalização das obras”, complementa Ednilson.
Já em outras situações, muitas vezes a Prefeitura atua como fiscal de obras que são custeadas por outras esferas. E aí, a tomada de decisões demanda um tempo maior. Um exemplo? As escolas estaduais que estão sendo construídas no Residencial Mário Raiter e no Portal Kaiabi: os recursos vêm do Governo do Estado, mas a fiscalização cabe à Prefeitura.
Nesta situação específica, a empreiteira responsável, a LHC Construtora, entrou com pedido de reequilíbrio financeiro e o “pode conceder” depende do Governo do Estado. “Amanhã, estarei em reunião com o secretário da Casa Civil, Rogério Gallo, e me comprometo a pedir mais agilidade na resolução deste processo”, dispõe-se Ari, reforçando que a intenção da Administração Municipal é garantir que as obras sejam entregues com qualidade e dentro do prazo estipulado.