Qual a melhor forma de destinar e reaproveitar resíduos sólidos
da construção civil? Esse é o objeto de discussão de um processo licitatório em
andamento na Prefeitura Municipal. Desenvolvido pelos secretários Estevam Calvo
(Administração) e Márcio Kuhn (Agricultura e Meio Ambiente), o projeto do Plano
Municipal de Intenções (PMI) para do resíduo de construção civil contou com a
apresentação de uma empresa especializada na gestão e reaproveitamento do
resíduo nesta manhã (18).
A intenção é recuperar a própria área de dez hectares hoje
degradada e implantar um local apropriado tanto para a destinação correta do
resíduo quanto para o reaproveitamento. Atualmente, Sorriso produz cerca de 2,5
mil toneladas mensais de resíduos de construção civil.
A perspectiva da Administração Municipal é “destinar esse
resíduo de forma correta. Sabemos que o município está em ampla expansão,
consequentemente, o setor da construção civil também avança. Por isso, estamos
buscando alternativas viáveis tanto economicamente quanto sustentáveis para o
setor e para o município”, explica o secretário de Administração, Estevam
Hungaro. De acordo com estudos realizados, a projeção é que o setor civil
cresça cerca de 2,9% ao ano nos próximos 30 anos.
Para aliar o crescimento com alternativas sustentáveis, a
Prefeitura buscou estudos de caso em todo o país e conheceu cidades em que o
resíduo é moído e reaproveitado. “Pensando nisso, abrimos um processo
licitatório para que as empresas viessem nos apresentar um plano de trabalho
nesse sentido e hoje tivemos a grata satisfação de receber o representante da
empresa Morhena que nos apresentou um relatório da análise atual e da possível
expansão de Sorriso” complementa o responsável pela Sama, Márcio Kuhn.
O modelo de gestão apresentado pela Morhena Coleta e
Engenharia Ambiental traz como benefícios a reciclagem do resíduo da construção
civil em que é possível obter areia reciclada e brita corrida para serem
reutilizados em obras; ou, ainda, pedra nº 1, usada na recuperação de estradas
vicinais. O engenheiro sanitarista e ambiental, Alexandre Souza, explica que
para isso tudo material para por uma fase de separação antes de ser triturado e
moído.
“O projeto também prevê a opção de trabalhar com o material
volumoso, resultante de poda de árvores e com a própria galhada para a
confecção de um composto para hortas, por exemplo”, explica o engenheiro.
Segundo Souza o modelo de gestão prevê ainda a instalação de
eco pontos de até 1m³ (um metro cúbico) em pontos estratégicos da cidade para o
descarte tanto de resíduos de construção civil quanto de materiais volumosos,
quanto de limpeza de terrenos e de utensílios inservíveis como móveis
quebrados.
Souza acrescenta que o plano vem sendo montando
especificamente para Sorriso há oito meses. “Desde novembro estamos estudando
os hábitos e as necessidades da população sorrisense”, detalha.
Estevam acrescenta que com o projeto, agora a Prefeitura
parte para a próxima etapa. “Com o levantamento das necessidades e o projeto em
mãos, vamos analisar e fazer as adequações necessárias para darmos continuidade
e celeridade ao processo licitatório com o chamamento de empresas que queiram
se candidatar à execução do projeto”, ressalta. “Estamos preocupados e
comprometidos em buscar soluções ambientais e também viáveis economicamente
para a nossa população”, reforça o secretário.
Também acompanharam a apresentação do projeto os secretários
Marlon Zanella (Governo), Cláudio Drusina (Cidade), Acácio Ambrosini (Obras e
Serviços Públicos), Ednilson Oliveira (Cidade), Sérgio Koková (Fazenda), o
engenheiro sanitarista da Prefeitura Marcelo Antônio de Oliveira e o assessor jurídico Alex Sandro Monarin.