Prospecção e ações já realizadas
A revista científica Frontiers publicou, em fevereiro, artigo inédito no qual estima que a Amazônia Legal possui um total de 11,3 milhões de hectares de vegetação nativa em propriedades privadas, uma área maior que Paraíba e Rio Grande do Norte juntos.
Esses ativos, que podem ser legalmente desmatados, contêm um estoque de 474 milhões de toneladas de carbono acima do solo amazônico brasileiro. O número corresponde a 75% das reduções anuais de emissões nacionais de CO2 prometidas em 2015 na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).
E o trabalho do Ipam, via programa Conserv, é garantir que esta área continue intocada e que os proprietários sejam economicamente recompensados por isso. Até o momento, o programa possui nove contratos firmados, concentrados no Estado de Mato Grosso e já realizou 25 pagamentos a produtores. São mais de 11 mil campos de futebol protegidos (8.410 hectares). A expectativa é de que sejam contratados ao longo deste ano 20 mil ha de ativos de vegetação nativa, distribuídos entre 20 e 30 fazendas em três locais diferentes da Amazônia Legal, incluindo Cerrado e bioma amazônico.
Foco de atuação
Valdenir explica que, nesta fase, o foco do programa está justamente na região do Cidesa Alto Teles Pires. O prefeito Ari Lafin já se comprometeu a partilhar as ações do programa junto aos representantes de todos os municípios que integram o Cidesa, como forma de potencializar a iniciativa, indispensável para o processo de desenvolvimento sustentável de toda a região. “É, sem dúvida, um processo que permite colocar em prática ações sustentáveis alicerçadas à geração de renda, o que, inevitavelmente, traz reflexos positivos à toda cadeia produtiva”, pontua o gestor.