Sabe aquele dispositivo de segurança criado pelo sueco Nis Bohlin em 1959 e que consegue aumentar em 45% as chances de se sobreviver a um grave acidente automobilístico? Pois é, o cinto de segurança de três pontos, invenção tão relevante que a Volvo, detentora da patente, compartilhou gratuitamente com outras montadoras, ainda enfrenta resistência ao seu uso.

Em 2020, o “não uso” do cinto de segurança por condutores de veículos liderou a  lista de infrações de trânsito registradas pela Guarda Municipal de Trânsito (GMT). Foram 1075 autuações por este motivo, que resultaram na aplicação de multa de R$ 195,23 e acréscimo de cinco pontos na carteira de habilitação do infrator. Embora alto, o número é inferior a 2019, quando foram 2.992 registros da mesma ocorrência

O segundo lugar do ranking ficou para a prática de conduzir veículo sem licenciamento, com 603 ocorrências, frente a 883 registros em 2019. Já em sétimo lugar na lista, mas com um aumento de 605% em relação ao ano anterior, está uma prática que pode ser fatal para o condutor e também para outras pessoas, que é a de conduzir veículo sob influência de álcool. Em 2019, 38 pessoas foram flagradas nesta situação e em 2020, o número saltou para 268.

“Em 2020, foram 4.297 registros no total e, em 2019, 7.883”, enumera o coordenador da GMT, Márcio Pires, reforçando que a obediência à legislação, à sinalização e também a condução de veículos na velocidade adequada são ingredientes indispensáveis quando o assunto é segurança no trânsito.

A Guarda Municipal, que integra a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil, pode ser acionada pelo 153. Além do atendimento a acidentes e promoção de ações de educação para o trânsito, a GMT também atua para coibir práticas resultem na perturbação do sossego.