Uma
alteração no Termo de Cooperação Técnica firmado entre a prefeitura de Sorriso
e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) para concessão de
licenças, foi tema de uma reunião entre o gestor da pasta, o vice-governador
Carlos Fávaro e o prefeito Ari Lafin, que estava acompanhado pelo deputado
Dilmar Dal’ Bosco e representantes do setor produtivo. De acordo com as
lideranças, houve redução na competência municipal, gerando insegurança
jurídica aos produtores.
Lafin
explica que a retração dos limites para a emissão de licenças poderá impactar
negativamente as atividades produtivas, uma vez que na última década a
prefeitura desburocratizou o acesso a essa documentação, gerando aumento
expressivo na produção local, sem que houvesse prejuízos ao meio ambiente ou
reclamações significativas por parte do Ministério Público ou órgãos
fiscalizadores.
De
acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Sardi Trevisol, a
emissão de licenças de baixo e médio impacto ambiental pela prefeitura é
concedida desde o ano 2006, nesse período o órgão Sorrisense fez a
aquisição de veículos, equipamentos e concurso público para contratação de
mão de obra humana qualificada, como geólogos e engenheiros de diversas
áreas, com nivelamento profissional idêntico ao oferecido pelo Estado.
“Entre
as alterações de limites para concessão de licenças ambientais destacam-se as
autorizações para piscicultura, atividade onde Sorriso ocupa a segunda
colocação no rancking nacional, e a irrigação, somos uma área de transição e
onde o plantio irrigado é fundamental para o sucesso da nossa produção.
No termo anterior não havia restrição para concessão de documentos, que agora
passou a ser de 500 hectares. Tememos que a burocracia e a necessidade de
deslocamento até a capital reduzam o interesse de nossos produtores”,
manifestou Sardi.
Diante
da inexistência de reclamações dos órgãos de fiscalização ambiental,
comprovadas pelas autoridades de Sorriso, Fávaro se comprometeu em, no prazo
máximo de 30 dias, readequar a delegação dos limites municipais até 1.000
hectares, onde, de acordo com o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) é
necessário a emissão de EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de
Impacto Ambiental), sendo de competência exclusiva da Sema.
O
vice-governador comprometeu-se ainda em prorrogar para quatro anos a
validade do Termo de Cooperação Técnica, que hoje está restrito ao período de
24 meses. Também estiveram presentes à reunião o secretário executivo da Sema
André Baby, a secretaria adjunta de Licenciamento Ambiental, Mauren
Lazaretti. Representando o setor produtivo de Sorriso estavam Gean
Bavaresco, Thiago Stefanello e Nodimar Corrêa, além do assessor jurídico,
Edmauro Dier.