Quando o verão chega, ficamos tão animados que esquecemos que esta é a época na qual mais se registra casos de câncer de pele, o câncer mais comum entre os brasileiros.
O dezembro laranja conscientiza sobre os sintomas e as formas de se manter protegido da doença.
Jovens talentos do atletismo brasileiro resolveram mudar de ares e buscar lugar na tradicional relação entre esporte e universidade nos Estados Unidos. Desse grupo de novatos destacam-se Alencar Chagas Pereira, do martelo, Alan Christian de Falchi, do disco, Deisiane Teixeira, do dardo, Ana Caroline Miguel da Silva, do peso, e Mirieli Estaili Santos, do salto triplo.
Alencar, paulista de São José Preto, já teve uma boa temporada no ano passado nos Estados Unidos. Aos 21 anos, completados no dia 18 de fevereiro, o atleta da ARPA conseguiu bons resultados. Em Hobbs, Novo México, ele bateu o recorde brasileiro sub-23, com 70,21 m, em maio de 2019. Com o resultado, tornou-se o terceiro brasileiro a superar a barreira dos 70 metros no martelo. Antes dele, só Allan Wolski (75,22 m) e Wagner Domingos, o Montanha (78.63 m), haviam conseguido.
“Este ano está complicado. As competições universitárias foram canceladas por causa da pandemia. Estou podendo treinar, mas de maneira não oficial, em locais fora da escola e em casa”, disse Alencar, que pretende optar por biologia no final do ano na Universidade de Nebraska. “Estou estudando online, aproveitando a boa estrutura da faculdade, que até oferece computador para quem não tem.”
Em Lincoln, onde mora, mantém-se em atividade visando competições não universitárias do segundo semestre. “Quero conseguir uma boa marca para ranquear, pensando no GP Brasil e no Troféu Brasil, em dezembro”, comentou o também recordista brasileiro sub-20, com 71,24 m, treinado por Flavio dos Santos Silva.
Ana Caroline, Alan e Deisiane ganharam bolsas de estudo do Barton Community College e moram em Great Bend, no Kansas.
Em seu segundo ano nos Estados Unidos, Ana Caroline, mineira de Contagem, optou por morar fora do Brasil para investir na “carreira de atleta e como pessoa”. “Não dava apenas para estudar e treinar em minha cidade. Tinha de procurar emprego para pagar a faculdade. Uma hora teria de fazer escolhas e resolvi tentar”, disse a atleta de 21 anos, líder do ranking brasileiro sub-20 de 2018 no arremesso do peso, com 14,99 m. “Aqui comecei a treinar também o martelo, a pedido do técnico David Schenek e espero ir bem em 2021 nas duas provas”, completou a atleta da APCEF-MG, que em Belo Horizonte treinava com Roberta Oliveira.
Alan Christian, líder do ranking brasileiro sub-20 do disco de 2019, com 59,30 m, também está nos Estados Unidos para conciliar o esporte e a faculdade. Aos 20 anos, ele lembra que deixou a boa estrutura do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, para ganhar experiência. “Meus objetivos nos Estados Unidos são melhorar minha performance e estudar. Fiz matemática neste semestre e quero cursar educação física”, disse Alan, do IEMA/São Bernardo, orientado pelo técnico Rodrigo Dario.
Paulista de Santo André, ele é o atual campeão brasileiro sub-20 e vice-campeão sul-americano. Integrou a seleção brasileira no Campeonato Pan-Americano de San José. Além do disco, também faz arremesso do peso.
Já Deisiane Teixeira, da APA, terminou o ano passado na liderança do ranking brasileiro sub-20 do dardo, com 52,56 m. Em Great Bend, pretende superar a barreira dos 55 m. “Aqui tenho uma infraestrutura melhor do que tinha em Presidente Prudente. Pena foi a pandemia ter cancelado toda a temporada universitária. Por isso, já penso em 2021. Quero ganhar os campeonatos nacionais e espero receber proposta de uma grande universidade”, comentou a atleta, que completou 20 anos em abril, treinada na APA por Cremilson Julião Rodrigues. “Estou podendo treinar na pista e na academia da escola, mas sem o apoio de treinadores, que estão proibidos de trabalhar, por causa do novo coronavírus.”
Aluna de comércio exterior na Universidade do Missouri, Mirieli Estaili Santos, vice-campeã mundial sub-20 no salto triplo, está em Sorriso (MT) desde março, quando deixou os Estados Unidos, para terminar a recuperação de uma cirurgia para a reconstrução dos ligamentos cruzados do joelho esquerdo.
“Espero completar logo a recuperação da cirurgia, para voltar a saltar novamente e competir nos campeonatos universitários de 2021. Trabalho todos os dias pensando em conseguir índice para a Olimpíada de Tóquio”, disse a atleta paraense de nascimento, mas mato-grossense de criação, de 21 anos. “Sofri a lesão final de setembro e operei em outubro, depois de um início complicado de adaptação aos treinos e aos estudos”, prosseguiu a saltadora treinada por Marcos Vieira no Brasil e pelo búlgaro Iliyan Chamov nos Estados Unidos. Ela tem como melhor marca 13,81 m, obtida na conquista da medalha de prata no Mundial de Tampere, na Finlândia, em 2018.
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