“A gente pode constatar que realmente existem boas práticas sendo realizadas na escola, é visível o comprometimento dos gestores, professores e equipe de limpeza, todos engajados e organizados”, adiantou a auditora Tatiana Alvarez Vian, que igualmente destacou o empenho dos alunos no processo. “O resultado visto foi melhor que o esperado”, completou. Junto com ela, o auxiliar Milton Mauad de Carvalho Camera Filho, da Co.Circular, empresa homologada pelo Instituto Lixo Zero Brasil para realizar auditorias.
À tarde, os auditores, acompanhados pelo coordenador do Eco Sorriso, Diogo Martins, e por demais integrantes do programa, seguem para a Escola Papa João Paulo II. Amanhã (28 de novembro), passam pela avaliação a Escola Matilde Zanatta Gomes, no Assentamento Jonas Pinheiro, e o Centro Municipal de Educação Básica de Sorriso (Cmeb).
Ao todo, participam da iniciativa 2.001 alunos e 85 funcionários, totalizado 2.086 pessoas sendo sensibilizadas com a verdade que “não existe um planeta B”. A rotina escolar destas unidades foi alterada em todos os detalhes. As lixeiras que antes recebiam “de tudo” foram trocadas por pontos de coleta de recicláveis e os resíduos de alimentos agora alimentam os biodigestores que funcionam nas unidades, convertendo o que viraria lixo em gás de cozinha para produzir merenda escolar e em adubo para as hortas. Os copos descartáveis fazem parte do passado e a nova forma de “ser” escola inclui a utilização de copos, canecas e garrafinhas laváveis e, portanto, reutilizáveis.
“Estamos muito empenhados em conquistar esta certificação, credenciando assim estas unidades a serem as primeiras do Centro-Oeste a ostentarem o título de unidades ‘Lixo Zero’, e, mais que um título, o credenciamento mostra que, sim, é possível promover a gestão de resíduos sem a geração de lixo”, destaca o coordenador do Eco Sorriso, Diogo Martins.
A secretária de Educação do Município, Lúcia Drechsler também se mostra entusiasmada com o resultado preliminar e destaca que, a partir do projeto-piloto implantado nas quatro unidades escolares, a intenção é expandir o conceito “Lixo Zero” a todas as demais escolas da rede de ensino do Município. “É uma oportunidade e tanto para criarmos uma nova cultura de relação não apenas com os resíduos, mas também com a necessidade de consumo, podendo trabalhar este tema de maneira transdisciplinar”, afirma.