Assim que a filha apresentou sintomas, Tatiane que já havia testado positivo em junho de 2020 e em janeiro de 2021, procurou imediatamente o HMC.

“Quando testei positivo, também fui atendida lá; então corri com a Evelyn. Assim que falei pro médico que ela tinha asma, ele largou tudo e saiu correndo chamando apoio: vamos, vamos, precisamos agir rápido!”

A partir daí, Tatiane conta que a equipe “adotou” a menina. “Todos fizeram de tudo, quer seja médicos, equipe de enfermagem, fisioterapia, zeladoras, copeiras, nutricionista, motoristas, o pessoal do administrativo. Rafael se colocou no lugar de pai; as médicas, as enfermeiras, as zeladoras me acolheram como mãe. O Altair nos dava uma injeção de ânimo todos os dias. A “nutri”  foi uma benção de Deus, fazendo de tudo pra Evelyn se alimentar. Depois do HMC fomos para a UPA onde o amor e cuidado que sentimos foram os mesmos”, relata.

Recuperada, hoje Evelyn é só sorrisos, agora em casa ao lado da família e nas brincadeiras com o irmão caçula.

Além de permanecer na memória da família da adolescente, a equipe do HMC, está presente em um coletivo de lembranças, formado pelos mais de 75 mil atendimentos realizados desde a inauguração em 11 de maio de 2020.

É gente como o Varlei Marcos Manica que testou positivo em 29 de junho. “Fui pro HMC e a saturação estava em 94; a doutora falou que tinha que internar. Eu fiquei com medo de nunca mais ver minha família; mas fui muito bem atendido e hoje estou aqui, feliz. Eu agradeço todos os dias por poder agradecer”, conta.

Gedeão Alves, 72 anos, também passou pela experiência. Foram dez dias sob os cuidados intensos da equipe do HMC. Conforme o filho Cleiton – que é enfermeiro em Lucas do Rio Verde e conhece de perto a luta dos pacientes contra a covid-19; o pai foi tratado com muito carinho. Na saída, fez questão da foto com a equipe que foi o tema de copos personalizados que a família mandou fazer e entregou para os profissionais como agradecimento.

A lista das memórias é extensa. São famílias inteiras que foram cuidadas. E para cada paciente um olhar humanizado. É que conta a Vera Jane de Souza. Ela positivou em junho, não ficou internada, mas precisou ir ao HMC para ser medicada quatro vezes. E em todos os momentos recebeu além do remédio o apoio emocional. Vera já conhecia a equipe. Em março o esposo, Dilamar Guerini, havia ficado dez dias internado, seis no HMC e quatro na UPA. “Eu ainda estou em recuperação, no pós-covid, o Dilamar já passou por isso. Nós dois fomos muito bem cuidados”, frisa.

Desde a abertura o HMC não fechou nenhum dia. São quatro equipes de plantão; leitos com oferta de oxigênio medicinal; serviços de  raio-x e de fisioterapia pulmonar, além da área médica e de enfermagem. “Por isso destacamos: se sentir sintomas relacionados à covid-19 não aguarde em casa; nos procure imediatamente. Estamos aqui 24 horas por dia, de segunda a segunda para juntos vencermos essa batalha”, acrescenta o coordenador do HMC, Rafael Leite Bertolazi. “E para evitar a contaminação faça uso sem medidas dos cuidados não farmacológicos básicos, como o uso da máscara, do álcool 70º e o distanciamento social”, acrescenta.

Diretor clínico do HMC, o médico Henedy de Freitas, aproveita para fazer um alerta. “O vírus sempre estará em circulação. Todos devem permanecer mantendo as precauções, inclusive quem já contraiu a doença ou já foi vacinado, pois enquanto a população inteira não for imunizada sempre haverá casos graves”, pontua.