Participar de diálogos, promover debates e convidar novos interlocutores para discutir questões ligadas ao desenvolvimento sustentável de Sorriso. É esta uma das plataformas de gestão da Administração Municipal, e um dos exemplos deste foco foi dado hoje (7) cedo, com a participação do prefeito Ari Lafin, dos secretários Sardi Trevisol (Agricultura e Meio Ambiente), Claudio Drusina (Indústria, Comércio e Turismo) e do coordenador do Ganha Tempo, Cledson de Assis em uma reunião para a apresentação dos planos de expansão do Grupo Nutribrás.

Além dos representantes do Executivo, o café da manhã também contou com a presença de vereadores, do suplente de deputado federal, Ederson Dal Molin, e de representantes do Governo do Estado e do Banco do Brasil. Tanto o superintendente de Política Agrícola do Estado de Mato Grosso, Eldo Leite Gatass Orro, quanto o superintendente do Banco do Brasil, Soterro Sierra Neto, reuniram-se na tarde de ontem (6) com Ari justamente para falar sobre a Caravana do FCO Itinerante, que passa pela região Norte de Mato Grosso neste período e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social, por meio do financiamento de empreendimentos ligados aos setores industrial, agropecuário, mineral, de turismo, de infraestrutura econômica, comercial e de serviços.

Ontem à noite, a reunião sobre a disponibilidade de R$ 2.948 bilhões em recursos para Mato Grosso, sendo 50% para FCO Empresarial e 50% FCO Rural, foi promovida no Sindicato Rural de Sorriso. Entre as vantagens do Fundo, estão: encargos financeiros diferenciados; bônus de adimplência de 15% sobre os encargos financeiros; isenção de tarifa de abertura de crédito (TAC) e Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF); e prazo ajustado à capacidade de pagamento.

O convite para que os integrantes do FCO Itinerante participassem da reunião na Nutribrás partiu de Ari, permitindo assim que os superintendentes conhecessem um exemplo local de sustentabilidade, desde a produção de grãos para alimentação dos animais, até a utilização dos dejetos para fertirrigação e produção de energia com biogás.

Para o representante do Banco do Brasil, a empresa é um modelo de sucesso empresarial, o que mostra todo o potencial da região. Sotero destaca que Mato Grosso é repleto de potencialidades. Para promover as iniciativas que podem aquecer a economia neste momento, o Banco do Brasil vem adotando uma nova conduta. “ Realmente estávamos muito distantes dos municípios e precisamos conversar mais para discutir coisas simples, que, podem ser alinhadas por meio do diálogo”, comentou.

“É justamente para permitir que a política possa contribuir para um cenário de estabilidade econômica, que focamos os esforços em buscar sempre o entendimento entre os poderes, o que se traduz na garantia de investimento, na geração de mais empregos, no fortalecimento de toda a cadeia produtiva e, principalmente na verticalização da economia”, destaca o prefeito.

“A produção de proteína animal a partir dos grãos produzidos em Sorriso permite a agregação de valor a esta produção primária, entregando a carne ao mercado, e não mais o milho ou a soja in natura”, destaca o diretor técnico da Nutribrás, Jonas Stefanello.

Para o diretor da Nutribrás, Paulo Cézar Lucion, o processo de verticalização da economia é inevitável no cenário atual. Além da preocupação em agregar valor aos grãos, transformando-os em proteína animal e desenvolvendo linhas de derivados, a prospecção de novos mercados também integra a estratégia de mercado da empresa.

Outro foco é também ampliar o mix de produtos da Nutribrás, com investimento na produção de feijão, cultura em ascensão no Estado e que deve ser beneficiada e embalada de forma inovadora no município. Além de investir na produção de um feijão genuinamente sorrisense, está entre as metas da empresa também promover o abatimento de aves. “Por isso, contamos com o apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores para que, juntos, possamos estudar a formação de uma cadeia de parceiros no caso do frango”, destacou.

A Nutribrás atualmente conta com cinco mil hectares para a produção de milho e soja, duas unidades de abate de suínos (uma em Sorriso e uma Vera) e atua de forma pioneira na suinocultura autossustentável. A capacidade de abate é de três mil animais /dia. Entre todos os segmentos do grupo (fazenda, granja e frigorífico) são gerados cerca de 600 empregos diretos e outros 1,5 mil diretos.