A Prefeitura de Sorriso, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), promoverá ações de sensibilização em alusão ao 18 de maio, dia nacional de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Para lembrar a data, os profissionais que atuam na sede da Semas, nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) farão abordagens (pit stops )  com distribuição de material orientativo em vários pontos da cidade durante a semana. O tema também está sendo trabalhado nos grupos de convivência e fortalecimento de vínculos destas unidades.

 

Além da ação para despertar a sociedade sobre a importância da causa, a Semas também promoverá uma formação para os profissionais que atuam na rede de atendimento à criança e ao adolescente vítima de abuso e suas famílias. Do dia 28 ao dia 31, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (ACES), psicólogos, assistentes sociais e demais profissionais que desenvolvem este trabalho participarão de um curso de extensão com a doutora em psicologia  Marlene Magnabosco Marra, em que serão abordadas novas metodologias para o trabalho com as famílias que vivem ou viveram violência sexual: Cuidado Vigilante e Grupos Multifamiliares.

 

Sobre a palestrante

Marlene Magnabosco Marra é graduada em Psicologia pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (1977), Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília-UCB (2003), Doutora em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília-UnB (2015) e Estágio Sanduíche pela Tel Aviv University-UTA Israel. Especialização em: Terapia conjugal e familiar (ABRATEF), Psicodrama clínico e sócioeducacional (FEBRAP), Práticas Colaborativas e Dialógicas (Interfaci/Houston Galveston Institute/Taos Institute). Terapeuta, Professora-supervisora pela Federação Brasileira de Psicodrama - FEBRAP. Psicoterapeuta de Casal, Família e demais segmentos. Atualmente é Pesquisadora Colaboradora da Universidade de Brasília - UnB, coordenadora de ensino do Instituto de Pesquisa e Intervenção Psicossocial - INTERPSI, docente e orientadora de monografias do mesmo instituto. Coordenadora dos cursos de pós-graduação Lato Sensu do convênio entre a Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC GO e o INTERPSI. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Relações Interpessoais, atuando principalmente nos seguintes temas: família, abuso sexual, violência familiar, processos grupais e de comunicação, comunidade, exclusão social, capacitação de profissionais e desenvolvimento de equipe. Coeditora da Revista Brasileira de Psicodrama. Membro do Conselho Deliberativo Consultivo da Federação Brasileira de Terapia Familiar (ABRATEF). Foi presidente (por duas gestões) da Federação Brasileira de Psicodrama e presidente da Associação Centro-Oeste de Terapia Familiar - ACOTEF-DF. Membro do Board da International Association for Group Psychotherapy and Group Processes - IAGP (por duas gestões), Co- chair da Sessão de Terapia Familiar - IAGP.

 

Sobre o Caso Araceli

História

Em 1973 um crime bárbaro chocou o Brasil. Seu desfecho escandaloso seria um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças.

 

Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. O caso foi tomando espaço na mídia. Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.



O dia 18 de maio foi instituído em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. O evento foi organizado pelo Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (CEDECA/BA), representante oficial do Ecpat, organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia. O encontro reuniu entidades de todo o país. Foi nessa oportunidade que surgiu a ideia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

 

De autoria da então deputada federal Rita Camata (PMDB/ES) - presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional -, o projeto foi sancionado em maio de 2000.

Desde então, a sociedade civil em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual.


A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança. O desenho também tem como objetivo proporcionar maior proximidade e identificação junto à sociedade, proximidade e identificação com a causa.

 

Lei

Lei 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil

Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.