Todos os anos o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) Campus Sorriso busca inserir seus estudantes em competições científicas nacionais. Como resultado desse esforço e das metodologias de ensino utilizadas na instituição, medalhas, troféus e certificados de mérito em diferentes áreas do conhecimento já começam a fazer parte da rotina dessa escola pública.
A partir de um bom resultado obtido em uma das atividades propostas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) – competição realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira, Agência Espacial Brasileira e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - um grupo de alunos com idades entre 16 e 17 anos viaja neste final de semana para Barra do Piraí – RJ, onde disputarão uma competição de lançamento de foguetes que envolve estudantes de todo o País.
Na “Jornada de Foguetes”, grupos de estudantes se apresentam com foguetes construídos com garrafas plásticas e que são lançados de bases feitas com canos de PVC ou metal. Os foguetes são propelidos por uma reação química entre vinagre e bicarbonato de sódio que resulta em gases pressurizados dentro do foguete e da base. Quando liberados, esses gases e o líquido da mistura disparam o foguete para longe. Vence a competição o grupo que fizer o conjunto que leve o foguete a alcançar a maior distância horizontal em relação ao ponto de lançamento.
Maria Gabriela Rosa Soares, uma das estudantes do IFMT que vai disputar a Jornada de Foguetes, conta que desde a primeira fase da competição, conhecida como “Mostra Brasileira de Foguetes” (Mobfog), o sistema de lançamento e o projeto do foguete em si passaram por melhorias. “No princípio a gente montava ele de uma forma muito simples, mas agora usamos canos de ferro e usamos novos equipamentos”. Essa é a segunda vez que ela participa da etapa nacional. No ano passado o foguete de seu grupo alcançou a marca de 197 metros, o que garantiu um troféu na competição, e o gostinho da vitória foi um dos fatores que motivou ela a participar novamente: “Quando a gente vê aquele resultado bom dá um ânimo a mais, e faz a gente querer mais e mais”, comenta.
Sobre o estímulo que o IFMT faz à participação de estudantes em competições científicas como essa, o professor Marcelo de Arruda, de Física, comenta que “é muito interessante, porque nesse evento os alunos conseguem colocar na prática coisas que eles aprendem no dia-a-dia”. Para ele, os estudantes acabam sendo beneficiados por “uma integração de disciplinas muito interessante, que ajuda os alunos na formação deles”.
Além do apoio da própria escola, os estudantes são apoiados pelas empresas Gelnex, Agro Baggio e Águia Representações Comerciais, e ainda pelo Clube Amigos da Terra, organizações que são parceiras do IFMT nessa e em outras iniciativas. O apoio ajudou a custear materiais para a construção dos foguetes e da base para lançamento, logística de deslocamento em Cuiabá, Rio de Janeiro e Barra do Piraí, além de outras despesas que esse tipo de atividade demanda.