Amanhã (2 de fevereiro), o coronel PM Marcos Roberto Gonçalves visita as escolas estaduais de Sorriso para analisar a viabilidade da implantação da gestão militar em uma destas unidades. A visita do militar é fruto da gestão feita pela Comissão Pró-Escola Militar, que, desde o fim do ano passado, articula formas de implantar uma unidade nestes moldes no município. “Uma escola com gestão militar é extremamente importante para a formação dos cidadãos, visto que reforça conceitos de disciplina, organização e concentração nos estudos”, destaca Jorge Antônio Baldo, um dos integrantes da Comissão.

 

“A vinda do coronel é necessária para que a estrutura disponível do Estado seja analisada, permitindo assim que se encontre a unidade mais adequada para a implantação deste sistema de gestão escolar”, explica a secretária municipal de Educação e Cultura, Lúcia Drechsler, que, na sexta-feira (27), acompanhada pelo assessor pedagógico da Secretaria de Estado de Educação no município, Zeferino Passos Guarrezi Júnior; e pelo coordenador da Comissão Pró-Escola Militar, Welton Beraldo da Silva, reuniu-se com o Coronel Roberto na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para discutir a viabilidade desta proposta.

 

Na tarde de segunda-feira (30), representantes da Comissão (Welton, Júnior e Jorge), da Câmara de Vereadores (vereadores Marlon Zanella, Maurício Gomes e assessores), da Prefeitura (vice-prefeito Gerson Bicego; secretário de Administração, Estevam Hungaro Calvo Filho; secretário de Governo e Segurança Pública, Luís Fábio Marchioro; e a secretária Lúcia, além de outros integrantes da Administração Municipal) e o suplente de deputado federal, Ederson Dal Molin, também debateram esta pauta em uma reunião no Paço Municipal. “Estamos muito próximos da realização de um sonho da comunidade sorrisense”, destaca Bicego.

 

Ainda ontem (31 de janeiro), o prefeito Ari Lafin visitou a estrutura da Escola Estadual Tiradentes, na capital, única no Estado a oferecer o ensino nesta modalidade. Segundo informações da Seduc, a administração da escola militar é um regime de colaboração mútua, com gestão compartilhada entre a Seduc e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

 

A princípio, adianta Zeferino Júnior, caso uma unidade disponível seja escolhida pelo coronel e possa receber a gestão militar em Sorriso, seriam mantidos os alunos já matriculados nesta escola, para, a partir deste início da gestão, serem feitos os ajustes necessários ao pleno funcionamento da unidade nos moldes militares.

 

Como funciona?

Os diretores destas unidades militares são indicados mediante escolha da corporação, com a nomeação feita pelo Comandante Geral da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. As coordenações pedagógica, administrativa e financeira destas unidades são exercidas por profissionais, devidamente habilitados, em consonância com a legislação educacional vigente no País. É permitido aos militares ministrarem aulas na educação básica para os alunos dos Colégios Militares, desde que devidamente habilitados para docência nas áreas específicas, conforme os procedimentos para atribuição de classe/aula adotados pela Seduc.

Vale lembrar que a escola com gestão militar segue a matriz curricular na rede estadual, com o desenvolvimento nos alunos do sentimento de amor à Pátria, da sadia mentalidade de disciplina consciente, do culto às tradições nacionais, regionais ed o respeito à cidadania e aos direitos humanos, além do aprimoramento  das qualidades físicas do educando.

Na Escola Estadual Tiradentes, é realizado anualmente teste seletivo para o ingresso dos estudantes. São destinadas 50%  das vagas existentes para dependentes de militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso aprovados no processo seletivo. As demais vagas, inclusive as eventualmente remanescentes do percentual acima, são ocupadas pelos demais candidatos aprovados, observada a ordem de classificação no processo de seleção.

 

Segundo a assessoria da Seduc, está em estudo o projeto de criação de mais uma unidade militar na capital, no bairro Pedra 90.