O potencial das lavouras em Sorriso impressionou o embaixador da Holanda, Han Peters. Ele visitou o município para conhecer uma das propriedades rurais  e saber como os produtores aqui estão conseguindo conciliar produção com preservação do meio ambiente.

 

Muita soja produzida nos campos mato-grossenses tem a Europa como destino e por lá, empresas tem exigido que o produto seja de propriedade certificada. É a garantia que os compradores têm de que nas fazendas são utilizadas boas práticas agrícolas, se cumpre a legislação trabalhista e ambiental. “Eu fiquei impressionado com os fazendeiros que estão buscando cada vez mais programas que promovam a sustentabilidade. Conservar o meio ambiente, usar menos defensivos químicos, respeitar os trabalhadores e os povos indígenas é extremamente importante. Fazendas que produzam de forma sustentável vão ter no futuro mais possibilidade de vender, tenho certeza disso”, garantiu o embaixador.

 

A visita foi na fazenda Santa Maria da Amazônia. A propriedade é uma das 17 certificadas em Sorriso pelo padrão internacional RTRS de produção de soja responsável. A certificação foi através do projeto Gente que Produz e Preserva do Clube Amigos da Terra, CAT Sorriso. Outras oito estão em processo de certificação. 

 

O presidente do CAT, Darcy Getúlio Ferrarin, não tem dúvida de que esse é o caminho para organizar a propriedade e conquistar o mercado internacional. “A certificação é bom para todas as partes envolvidas. A Holanda é um país de pequenos produtores mas é grande produtora de alimentos e eles estão vindo no Brasil para ver a qualidade do nosso produto. Isso abre mercado pro Brasil na Holanda e outros países vizinhos”, disse Ferrarin.

 

O embaixador da Holanda, Han Peters também reforçou que há interesse na promoção de parcerias com o Brasil, principalmente na transferência de conhecimento sobre logística, umas das áreas em que a Holanda mais se destaca, junto com a produção e venda de produtos com alto valor agregado. “Não temos áreas gigantes da Holanda e nem condições de produzir soja. Por isso é importante à troca de experiência entre os dois países”. 

 

Também estavam na comitiva a conselheira de agropecuária da embaixada da Holanda, Patrícia de Vries; Fátima Cardoso e Joyce Brandão da Solidaridad, uma ONG holandesa que promove a produção, processamento e comercialização da soja e o representantes  brasileiro da Round Table on Responsible Soy Association (RTRS), Cid Sanches.

 

Além de Sorriso a comitiva passou por Cuiabá, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.

 

Também acompanharam a visita Rodrigo Pozzobom, delegado da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Gustavo Piccoli, presidente da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Nodimar Correia, membro da diretoria do Sindicato Rural de Sorriso,  o Prefeito Municipal de Sorriso, Ari Lafin, o vice-prefeito, Gerson Bicego, o secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambinete, Sardi Trevisol, representantes do Banco Rabobank, o suplente de Deputado Federal, Xuxu Dalmolin e membros da diretoria do CAT Sorriso.