“Os números são expressivos e representam o esforço conjunto da Administração Municipal, entidades representativas e dos demais entes públicos para reduzir a criminalidade e tornar Sorriso uma cidade ainda mais segura”, assinala o secretário de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil (Semsep), José Carlos Moura.

À frente da pasta desde 2017, mesmo ano de sua criação, o gestor ressalta que somente em 2023 o Município investiu mais de R$ 27 milhões de recurso próprio em ações de prevenção e enfrentamento a criminalidade. O restante do recurso (R$ 18,6 milhões) é proveniente de parcerias e está sendo revertido em obras de construção, ampliação e modernização das unidades físicas das instituições vinculadas a segurança pública.

Deste montante, R$ 2,2 milhões foram destinados a manutenção do Fundo Municipal de Segurança Pública (Fumsep), o qual tem por finalidade a criação de políticas públicas e a gestão financeira dos recursos destinados ao desenvolvimento de ações da área da segurança. Compõem a entidade representantes da Guarda Civil Municipal (GCM); Polícia Militar; Polícia Penal; Polícia Judiciária Civil; Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer); Polícia Rodoviária Federal; Corpo de Bombeiros Militar; Perícia Oficial e Identificação Técnica; e do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT).

Também compete ao Fumsep, a fiscalização e o acompanhamento dos termos de cessão de servidores municipais ao Sistema de Segurança Pública bem como para outros poderes. Atualmente o Município destina R$ 129 mil ao mês para manutenção desses termos.

“Estamos falando de uma cidade que cresce em média 20% ao ano e, que mesmo assim, está conseguindo diminuir a taxa de crimes praticados contra o patrimônio. Isso é mérito do esforço conjunto, de uma gestão participava que convida a sociedade civil organizada para sentar-se à mesa de debates e sugerir estratégias que venham ao encontro dos interesses da coletividade”, observa o prefeito Ari Lafin.

Em se tratando de crimes violentos contra a vida, o gestor defendeu a continuidade de ações voltadas a prevenção e a qualificação profissional de jovens e adultos.

“Ninguém nasce predestinado a ser um criminoso. Nenhuma mãe e nenhum pai coloca o filho no mundo com intenção de vê-lo sofrendo. Se por um lado a criminalidade busca aliciar nossas crianças, por outro lado está o poder público implementando ações para mantê-las amparadas e seguras. Foi com esse objetivo que criamos a rede de proteção que atualmente atende mais de 20 mil crianças e adolescentes com atividades esportivas, culturais, educacionais e sociais”, explica Ari Lafin.


Crimes contra a vida

Recentemente o Atlas da Violência, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou Sorriso como o 7º município mais violento do Brasil. Os dados são referentes ao ano de 2022 e levam em consideração apenas as cidades com mais de 100 mil habitantes.

Ao relembrar que a cidade registrou queda nos crimes contra o patrimônio, o secretário de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel PM César Augusto de Camargo Roveri, atribuiu os índices de homicídio à disputa territorial entre membros de facções criminosas rivais.

“Se você pegar os indicadores de Sorriso, os crimes de roubo e latrocínio despencaram. O que destaca lá é o homicídio, obviamente pela guerra de facções criminosas, mas estamos fazendo nosso papel”, disse ele ao enumerar algumas ações realizadas pelo Estado em parceria com a Prefeitura do Município.

“Este ano, somente em Sorriso, tivemos um aumento de 130% nas prisões em relação ao mesmo período do ano passado. Então, isso mostra que nós estamos intensificando os trabalhos lá”, concluiu Roveri.