Instituições ligadas à área de saúde fazem neste primeiro mês do ano, a Campanha Janeiro Roxo, com foco no combate à hanseníase. A doença é crônica, infectocontagiosa e  transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. O diagnóstico e tratamento é oferecido pela rede pública de saúde, através das Unidades de Saúde de Família(USF) em Sorriso.

 

“Nós temos em todas UFS, profissionais capacitados para diagnosticar a doença e fazer o tratamento que é totalmente gratuito. A doença tem cura, porém depende muito da disposição do paciente, pois o tratamento é longo. É importante que a pessoa com suspeita da doença, procure sua unidade de saúde para ser feita a investigação e dar inicio do medical, pois a  transmissão da doença é interrompida logo no início do tratamento, que quando realizado de forma completa e correta, garante a cura”, explicou o secretário de saúde e saneamento, Devanil Barbosa

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa. Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente.   

 Para médica  Juliana Reis, que é especialista em hanseníase, o diagnóstico precoce é importante, “a orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Precisa ser  diagnosticada o mais precoce possível, para que possamos evitar as incapacidades físicas, se demorarmos para diagnosticar poderá ter sequelas para o resto da vida”, ressaltou ela.

 

Ainda segundo Juliana, outros sintomas também deve ser comunicado ao médico, “além das lesões, sintomas como a perda da força motora, formigamento de membros, dormências, câimbras e até congestão nasal constante, deve ser informado ao médico para ser investigado”, reforçou.

 

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. Em 2016, foram detectados 2.658 casos novos, o que equivale a 80,4 registros para cada 100 mil habitantes. O índice representa uma redução em relação a 2015, que teve taxa de detecção de novos casos da doença de 93 para 100 mil habitantes, totalizando 3.037 registros.

Em Sorriso  68 pessoas foram diagnosticada com a doença em 2016, já em 2017 foram 60 novos casos identificados.