Um encontro entre profissionais das áreas das Secretarias da Assistência Social e Saúde e Saneamento, com a presença do prefeito Ari Lafin e os secretários Jucélia Ferro e Devanil Barbosa, possibilitou a construção de estratégias para trabalhar a política de pessoas em situação de rua em Sorriso. O debate foi nesta manhã (26).

De acordo com a secretária de Assistência Social, Jucélia Ferro, foram alinhadas ações de trabalho. A intenção, segundo Jucélia, é disponibilizar um local ideal para o acolhimento temporário de pessoas em situação de rua para que na sequencia eles possam buscar a reintegração à família e a sociedade. A secretária explica que com uma residência fixa, esses cidadãos poderiam ter acesso a todos os setores da rede pública como educação, saúde e cursos profissionalizantes disponibilizados pelo município. O prazo máximo de acolhimento previsto em lei atualmente é de até seis meses.

Dados do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), pontuam que o município atende anualmente cerca de 1,3 mil pessoas em situação de rua, apenas cerca de 5% desse total é de sorrisenses.  No momento, o relatório do CREAS aponta que 33 sorrisenses estão vivendo na rua.

“Temos dois públicos: a população transitória que ocasionalmente está em Sorriso e aquelas pessoas que tem vínculos aqui: são moradores há anos, tem família e por algum motivo encontram-se na rua”, explica a secretária. “Nossa intenção é disponibilizar um espaço de acolhimento para quem é daqui. Paralelo a isso, nossa equipe está desenvolvendo um trabalho com esses cidadãos e seus familiares, é uma reflexão do porquê estar na rua e viver sob condições tão difíceis”, frisa.

O secretário de Saúde e Saneamento, Devanil Barbosa, salienta que muitos desses cidadãos estão em tratamento de saúde ou contra a dependência química. “Temos atendido um grande número no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), contudo o CAPS não é um ambiente ambulatorial. É um espaço psicossocial”, explicou.

Hoje, além do apoio recebido no CAPS, os moradores de rua contam com as ações já desenvolvidas pela equipe do CREAS, como a busca por parentes e também a aceleração dos processos de emissão de documentos. “Muitos perderam ou nunca emitiram documentos, outros não tem mais vínculos com parentes. Então a equipe faz esse processo de buscar reativar esses vínculos. É um trabalho maravilhoso de busca pelos laços familiares e de humanização do processo”, acrescenta Jucélia.

Conforme os secretários, uma equipe de trabalho conjunta foi montada para analisar qual a melhor forma para realizar esse acolhimento. “Também vamos discutir a situação com a Promotoria Pública”, enfatiza Barbosa.

Presente na reunião, o prefeito Ari Lafin destaca que a preocupação com a reinserção de pessoas em situação de rua às famílias é uma constante. “Estamos preocupados e juntamente com a sociedade, buscando soluções efetivas para esses casos”, finaliza.