Aproveitar o posicionamento logístico do município e o potencial de produção da agricultura familiar para instalar uma central de abastecimento de hortifruti no município. Este foi o tema de uma reunião promovida hoje (5), entre o prefeito de Sorriso, Ari Lafin; os secretários municipais Sérgio Kocová Silva (Fazenda), Marlon Zanella (Governo), Márcio de Fazenda, Sérgio Kocova Silva; o secretário Márcio Kuhn (Agricultura e Meio Ambiente) e os empresários Júlio César D´Frasson, Thiago Scabello e o advogado Michel Platini, que representam a Companhia Regional de Abastecimento Integrado (Craisa) de Santo André.
Os empresários vieram ao município conhecer o potencial para a implantação de uma unidade nos moldes da Central de Abastecimento (Ceasa) de Santo André, mas já com o objetivo de atendertodo o Centro-Oeste. Segundo Júlio César, que é vice-presidente da Ceasa de santo André, a implantação de uma unidade pode gerar 2,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, podendo chegar a até 25 mil. Além da central distribuidora, o complexo também pode trazer a Sorriso grandes redes de distribuição e também de produção destes itens, além de estimular a produção local.
“Estamos dando todo o apoio a esta iniciativa, que vai potencializar a produção local, além de dinamizar a economia de forma exponencial, por meio do incremento de empresas ligadas a transportes, autopeças, pneus e uma série de outros insumos”, comenta Ari, apresentando aos empresários oportunidades de parcerias com investidores locais, bem como estabelecendo o compromisso de buscar o incremento da produção de hortifruti junto a todos os municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa) do Alto Teles Pires.
Para dar andamento às negociações, ainda no fim deste mês o prefeito vai até Santo André para conhecer a unidade distribuidora de lá, que ocupa uma área total de 160 mil metros quadrados, com uma área construída de 9,5 mil metros quadrados. Para estacionamento, há uma área disponível de 1,5 mil
metros quadrados. Na unidade, atuam 65 empresas, com 40 produtos cadastrados. A Craisa gera 900 empregos diretos e 5 mil indiretos, com uma média mensal de 155 mil toneladas comercializadas, com um valor estimado de R$ 105 milhões. Passam, em média, 14 mil veículos pequenos e 6 mil veículos grandes pela unidade por mês.
Sobre a agricultura familiar
Hoje o município conta com 95 famílias cadastradas no Programa Frutifica, que presta auxílio a produtores do Assentamento Jonas Pinheiro, Projeto Casulo, Cinturão Verde e do Distrito de Boa Esperança que cultivam manga, goiaba, coco, acerola, pinha, romã, mamão, maracujá e uva, comercializados no mercado local e regional. Destas 95 famílias, 40 estão regularmente produzindo frutas em uma área de 60 hectares.
Os produtores cadastrados no programa contam com assistência técnica especializada, análise de solo e patrulha mecanizada. Os produtores também recebem auxílio na comercialização dos produtos nas feiras municipais, compra direta para a merenda escolar e na incubadora de alimentos, instalada no Setor Industrial. Está em processo de instalação uma despolpadeira em que serão investidos R$ 205 mil e outro investimento é diretamente em sementes: mais 45 mil mudas estão licitadas, para isso serão investidos R$ 320 mil até 2020.